ENCONTRO EMBREAGADO
Notas de piano soavam delicadamente no interior do quarto, enquanto as chamas das velas dançavam em seu núcleo, iluminando uma extensa parte do cômodo ao redor. Diante disso, a vista no meio da enfraquecida penumbra do ambiente quente, uma garrafa de champanhe importada, enterrada sobre cubos de gelo e um batom avermelhado da mais conhecida grife de cosméticos de Milão, acomodava-se numa pequena mesinha de tabaco no canto direito da cama. Os lençóis de seda bordados de cor creme com fabulosos forros farfalhavam ligeiramente, enquanto neles dois pares de pernas se cruzavam de forma íntima e avassaladora. Uma delas era forte o bastante para acariciar a pele lisa e macia da mulher que ali permanecia esticada, de olhos fechados.Elisabeth, uma renomada modelo fina, rica, excêntrica e perversa, deitava-se com um homem estupidamente sedutor. O desejava tão profundamente, às escuras, que seria impossível não perder a cabeça com aquele homem de características másculas, os ombros largos, enquanto seu rosto arredondado e os olhos esverdeados a seduzia de modo profundo. Embora temesse o comportamento da mulher, Ryan era o ponto extremo de Elisabeth.
Um amante sensato, voraz, com apenas 24 anos de idade, que trazia a luxuria sorrasteiramente para ela. Elisabeth, não era o tipo de mulher que se deixava levar por qualquer circunstância promissora. Digna de suas atitudes sabia muito bem o quão significava aquele Deus do Olimpio em sua frente, banhado de um perfume fabuloso numa essência fresca e amadeirada,mas sabia que para te-lo presente ao seu lado o tempo todo era preciso bastante reconhecimento. Tão ligada a ele, que nas horas vagas como está, caia na cama e se deliciava com uma taça daquele maravilhoso espumante numa noite deliciosamente encantadora. E logo em seguida num aconchegante banho massageador de ofurô sonhador. Fora tanto que lhe fazia esquecer por um longo dia, o marido Ken, que vire e mexe trabalhava na empresa da família dele, onde ela se aproveitava ao máximo a custas do casamento oras de fachada, encarnando como um todo a vida de uma mulher casada com um dos maiores empresários dentro e fora da Europa. Uma milionária que se fazia de santa. Ou melhor, boazinha. Portanto, nos quase todos os finais de semana ao luar, bastava apenas uma lingerie de renda vermelha, para atrair aquele homem para um encontro, onde só ambos saberiam dizer os valores da luxuria e a aventura, através daquelas notas de fundo delicamente adocicadas.