MEU CAMINHAR É VAZIO

Meu caminhar é vazio, não tem rumo nem sustento,

É como a atmosfera quando enfastia-se do vento.

Comando os passos seguintes sem saber a serventia,

Entre quedas e acidentes minhas noites são vazias,

Me valho da escuridão para enxergar o nada,

Lhe apalpo com minhas mãos mas segurar que bom nada,

De tão escorregadio é como gata no cio bailando em um telhado.

Mas ficam as persistências por alcances planetários,

A magia das vivencias misturadas com os fracassos,

Me apegando ao impossível me pareço mais tangível,

Do que nos atos sensatos, me bate então um tormento,

Profundo e desolador numa fusão de elementos,

Cruéis e encantadores como fosse a sugestão,

Para que tomasse então uma extravagante postura,

Simular uma embriagues deixando passar a vez,

Das regras ditas sensatas, e aventurar-me no acaso,

Fazendo da vida um vaso ainda pobre de flores,

Deixando que os transeuntes, suas idéias ajuntem,

Para embelezar meu ser, colocando as sensações,

Jorrada dos corações nestes vícios do egoísmo,

Já que estes viajantes nunca foram abundantes,

Nos pertences de valores, mas aprenderam sozinhos,

Que nas coivaras de espinhos se protegem dos horrores,

De predadores traiçoeiros, que trajados de cordeiros,

Dão botes a revelia exterminando o inocente,

Agindo devidamente perante o conceito humano,

Sendo assim deixa pra lar, prefiro não acordar,

E mergulhar no meu sonho, longe do mundo enfadonho.

5/05/2011 01:15 - Ana Flor do Lácio

O caminhar do poeta jamais será vazio pois o amor lhe ensina onde e como chegar.Os bons textos merecem ser lidos e relidos. E sempre que relemos um texto, palavras novas surgem nas entrelinhas... E muito há para ser compreendido nas entrelinhas deste sapiente texto. Mestre Miguel, aceite meus renovados aplausos. Desejo que sua vida seja abençoada infinitamente. Permita-me esta singela interação: .

ONDE FOI QUE EU ERREI .

Houve um tempo em que os meus cabelos

Eram pretos e a pele aveludada

Mãos e braços eram muito mais esbeltos

Colhia orvalho em cada madrugada.

A juventude era minha companhia,

Os caminhos eu sei que nunca atalhei.

Na minha mesa não faltava alegria,

Fugi da dúvida, à mentira me furtei.

Escolhi meu jardim, cuidei minhas flores

Escrevi meus livros, honrei meus amores,

Por minha vontade nunca alguém pisei.

Vem agora o mundo e sua falsidade

Querer dizer-me onde foi que eu errei

Por força do meu desejo e vontade...

Para o texto: MEU CAMINHAR É VAZIO (T2985192)

Muito obrigado Ana Flor do Lácio pelo seu majestoso soneto em interação aos meus pacatos versos, agregando enormes valores aos meus escritos.

27/05/2011 21:17 - MELRIS CALDEIRA

Deixe-me sonhar,

Jamais quero acordar,

No meu sonho tem flores,

Luzes e cores,

E grandes amores.

No meu sonho,

Beijo apaixonado tem,

Abraço sincero também.

Tem festa e alegria,

Todos fazendo folia.

No meu sonho tem você.

Então me deixe sonhar,

Jamais quero acordar...

Para o texto: MEU CAMINHAR É VAZIO (T2985192)

Muito obrigado Melris Caldeiras por esta excelente interação aos meus pacatos versos

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 22/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2985192