O grande Olho
“É bom com casca de banana. Caco te telha pula”. Ela disse isso, jogou o casca na casa 1 e pulou,
com os dois pés nas casas dois e tres. Na quatro, de um pé só, perdeu o equilibrio, quase caiu. Deu uma gargalhada diante da torcida negativa de todos as meninas, queriam logo brincar.
O grande olho universal que via a brincadeira de perto foi se afastando, subindo, contemplando agora
A outra calçada, ruas e casas, seus telhados, o bairro inteiro cabia no seu campo de visão. Depois a cidade. E tudo foi ficando pequeno: os continentes e planetas e o espaço sideral.
Todas as crianças sabiam do grande olho, que quando ignorado, morria de distãncia.