O DIÁLOGO
O DIÁLOGO
Certo dia, dois irmãos filhos do mesmo pai e da mesma mãe, gêmeos gerados na mesma placenta, morando na mesma casa, desfrutando das mesmas regalias, dos mesmos direitos e deveres, gozando do mesmo amor, do mesmo carinho, do mesmo afeto, das mesmas oportunidades, comendo da mesma comida, não sofrendo nenhuma espécie de distinção, vivendo sob o mesmo céu, aquecidos pelo mesmo sol, admirando o brilho das mesmas estrelas, maravilhados com a beleza da lua, contemplando o esplendor da natureza, palmilhando o mesmo solo e recebendo as mesmas bênçãos, resolveram conversar entre si sobre a vida que levavam. Eis que de repente os dois se questionam com a mesma pergunta. Quais os ventos que te sopram?
Vejam as disparidades entre as respostas dos dois irmãos, para a mesma inquirição. O que nasceu primeiro serenamente respondeu: são os ventos da glória Divina, das bênçãos do Senhor, dos ares do amor, da alegria, da fé, da esperança, da caridade, da piedade, da paz, da sabedoria divina, da inteligência, da diplomacia, da concórdia, da harmonia, da lealdade, da sinceridade, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, da calmaria, da bondade, do perdão, do sossego e da felicidade. Enquanto que o que nasceu em segundo lugar, agitadamente disse: são os sopros do demônio, o calor do inferno, as tempestades da tristeza, da solidão, da depressão, do ódio, da maldade, da insegurança, do desprezo, da discórdia, da escuridão das trevas, da guerra, da desarmonia, da descrença, do rancor, da deslealdade, da ira, da intolerância, da desinteligência, dos dissabores, da desgraça e da infelicidade.
Caro leitor, pelo exposto acima podemos chegar a uma conclusão bem plausível, que a felicidade e a infelicidade nós transportamos dentro de cada um de nós mesmo e têm suas origens dentro das próprias pessoas, no carma, em outros planos, na alma, na existência eterna e na peregrinação do espírito durante suas longas caminhadas de vindas e idas, por esta razão, nós devemos fazer o melhor que pudermos visando encurtar a distância de nossa estrada, rumo a tão sonhada casa do Pai, porque fazer o bem é o dever de cada um de nós, que vivemos sob a égide do Criador, gozando do privilégio de sua bênção e desfrutando de seu esplendor.