PAPAI DO CÉU NÃO GOSTA - COMO É BELO...
PAPAI DO CÉU NÃO GOSTA
Na sacristia da igreja matriz de Itapipoca, no intervalo de aula de catecismo, crianças de nove e dez anos, nas suas brincadeiras resolveram enumerar algumas coisas, que Papai do céu não gosta. Diante da inocência e da honestidade daqueles cristãozinhos, dava-se gosto ouvir a sabedoria de suas conversas, a sinceridade de seus pensamentos, a naturalidade de suas expressões, a riqueza dos detalhes, a serenidade de cada um, o desabrochar da fé, a pureza de seus corações, a alegria de suas almas e a harmonia de suas brincadeiras, declaro sem medo de errar, Jesus estava ali, iluminava as suas mentes, abençoava aquela maravilha, motivava aqueles pequeninos, acendia a luz da verdade e da sabedoria, glorificava as suas ações e fortificava as suas forças.
À distância a catequista deslumbrava orgulhosamente e saboreava o fruto do aprendizado de sua aula; a germinação da semente que, havia plantado; a solidez do primeiro tijolo que tinha sido assentado na construção daquele edifício; e as barreiras que haviam sido quebradas com aquele primeiro passo. Sem que ninguém percebesse as lágrimas rolaram em seu rosto, por um instante não sabia se chorava ou se sorria, a emoção tomou conta de sua alma, o seu coração bateu acelerado, o sangue correu com maior intensidade em suas veias e em voz baixa e trêmula exclamou: oh Deus como Tu és maravilhoso!
Nossa Senhora, a Padroeira, com seu olhar sereno, puro e belo. Assistia e contemplava a brincadeira séria daquelas criancinhas que descontraidamente declinavam as coisas que Papai do céu não gostava e parecia a abençoar aquele ato de fé Cristã. A organização era tamanha que levava a crer que uma força sobre natural regia aquele trabalho, que se desenvolvia na mais perfeita ordem.
As mães, sem se intrometerem no teatro dos filhos, ouviam atentamente cada uma de suas citações e seus corações transbordavam de alegria e simplesmente diziam: como é lindo a espontaneidade de nossos filhos, a beleza de suas palavras, o brilho de seus olhos e o raiar de sua fé.
A menina, que liderava a brincadeira, estava iluminada pela luz do Espírito Santo, pela graça do Senhor e pelo amor de Jesus Cristo. A sua palavra transmitia segurança, sua voz era firme e decidida, seu olhar era manso mais ao mesmo tempo penetrante, o brilho de seus olhos só pode ser comparado com o de uma estrela, sua sabedoria era intrigante e incrível para uma criança que contava apenas com nove anos de idade, a desenvoltura era impressionante, a inteligência rara e a liderança já mais vista. Antes de iniciar a cerimônia, a líder como prova de respeito, consideração, obediência e humildade, deslocou-se até onde estava a professora e pediu permissão para utilizar o microfone. Adquirida a autorização ela falou: meus amados irmãos e irmãs, nós estamos aqui reunidos perante o altar de Nossa Senhora das Mercês, nossa Padroeira, em nome de Jesus e no amor de Cristo. Vocês não podem avaliar a alegria, que eu estou sentindo agora, com a nossa brincadeira séria, os anjos cantam aleluia, aleluia, aleluia. . . Jesus sorrir; e o Pai abençoa. Meus irmãos Deus é amor, por isso Ele não gosta de. . . Então eu peço que cada um venha até aqui e declinem os seus pensamentos sobre esse assunto de relevante importância, que para começar eu digo: Deus não gosta que não cumpramos os seus mandamentos; em seguida cada colega esboçara o seu exemplo. Deus não gosta de: crueldade; vaidade; egoísmo; orgulho; arrogância; prepotência; desamor; descrença; desprezo; mágoa; ódio; descaso; abandono; ingratidão; infidelidade; deslealdade; desonestidade; desobediência; incredibilidade; traição; avareza; ignorância; maldade; mentira; luxúria.