AS FLORES DESPETALADAS

As flores despetaladas enfeitam nossa visão.

Suas cores desbotadas ainda exalam sensações,

Sucumbem de forma lenta perdendo suas funções,

E logo serão adubos alimentando as plantações,

A isto damos o nome de total transformação,

Refazendo-se em espécie mudando a configuração,

Este gesto serve de espelho para toda a criação,

De um Deus universal criador de todo o cabedal,

De seres vivos, e inanimados embora todos dotados,

De alguma espécie de vida, se a natureza é sabida,

Porque somos tão mesquinhos choramos,

Pelos caminhos do que se quer entendemos,

Nas opções que fazemos parecem ser desastrosas,

Tão pouco compreendemos as funções audaciosas,

Que nos impõe os caprichos da fonte miraculosa,

Refazendo em cada ser o que não pode prever,

Sem conhecer sua historia ensejando ao momento,

Vem o recrudescimento como foi feito com a rosa,

Que não choram suas irmãs ao despencarem ao chão,

Esperamos na ciência e em nossa sapiência,

Que possamos atingir uma forma adequada,

De lidar com o inusitado sem perder o rebolado,

Descendo à depressão a vida é uma experiência,

Não nos garante permanência nem total satisfação,

Vamos manter a observância eliminando a ganância,

Dando voz ao desapego e assim seremos sobejos,

Alimentando aos refugos aos quais hoje repudiamos,

Na troca das importâncias daqui se quer as lembranças,

Nos farão mais companhia, assim diz a filosofia.