canção insólita de amor

Não tô aguentado mais. Esses menino só faz bagunça. Você é o mais velho, dwvia dar respeito e não seguir caminho do sem vergonha do seu pai. Jogar, menino, como pode, sabe o caminho que isso leva. Você não tem pena de mim, não. Não tem. Acordo cedo, Ponho esse mundo abaixo. Você fazendo isso e aquele desgraçado dormindo... dormindo!. Quando foi que eu quis ficar com um desgraçado desse. Antigamente, a mulher não escolhia seu homem. Meu pai, outro miserável, que deus tenha num bom lugar, veio com essa proposta: “O zequiel É homem bom e trabalhador”. A única coisa que ele fez até agora me atazanar. É preguiçoso e muito ruim.

Como pode, gente, como pode, um homem daquele, gordo, sadio, ficar no bar daquele jeito. Isso me envergonha tanto, tanto. Tem quase quarenta anos e pensa que é criança. Essas coisas que ele faz, Geremias, meu irmão nunca fez. Ali sim, homem de verdade. Pode confiar. Tudo que ele fala ta ali oh, na certeza . Mas seu pai não, esse esse tanto de filho pra criar. A parede da casa toda esburacada. Os fio tudo pendurado. E não sai daquela perdição, que é o bar Ananias, outro vagabundo. Soa anda cheio de puta. Outro dia comadre Nita vem me falar que viu ele agarrado com uma sirigaita la dentro. A vagabunda sabe que isso me machuca e vem me dizer isso. Olhei pra ela e disse “comadre, a senhora devia tomar vergonha na cara. Sabe o que passo. A senhora acha que não sei disso? A senhora acha que não sei dos caminho que Zequiel anda, acha que não sei? Me pediu uma desculpa esfarrapada, mais falsa dessa terra. Senti na hora o prazer dela em me esfregar esse assunto. Estava guardando, só esperando a hora. Larguei ela no rio, e fui embora, nem terminei de lavar a roupa. Coloquei a roupa pra quarar aqui em casa. E fiquei pensando, como tem gente mal nessa terra. Aquele desgraçado me paga. No dia que eu me zangar de verdade eu largo ele. Porque não vou acabar meus anos com esse safado. Minha orelha anda queimando das pessoas falar de mim. Essa vergonha tá em todo olho que me olha nessa cidade. Não posso nem ir na feira que minha pele queima. Esses desgraçados vão tudo pro inferno.

Hoje de manha, me deu uma dó desses menino. Nada pra comer de manhã. Só a garapinha rala.

Corri no seu Pompeu e comprei pão e café. Vou pagar semana que vem. Seu pai sabia que aqui em casa não tinha nada. E nem se preocupou. Os bichinho foi tudo brincar com a barriguinha cheia. Ficou lá no quintal brincando. Dava gosto. Meio dia comeu arroz e uma jabá velho que tava ai. Mas isso é vida, acha que esse menino Vai crescer inteligente. Vai virar doutor como eu queria. Não vai não. Vai ser um monte de besta igual os filhos de seu Amaral . Que dá vergonha só de ver. E olha aqui, no dia que eu ver voce jogando sinuca no rabo da gata igual seu pai. Eu te mato seu desgraçado. Porque sem vergonha nessa família já tem um. Dois eu não aguento. Vai tomar banho e lava essas orelhas, seu imundo. Você já está com dezoito anos. Pelos menos tomar banho já era pra você saber. Vou passar na escola amanha. Só pra saber se você tá lá. Será possível, só tem eu nessa casa pra ver o que vocês aprontam. Não posso ter vida. A sorte daquele desgraçado é que eu não me zango de verdade. Essa é a sorte dele.