Como o brilho das estrelas
Aqui embaixo, a grama (e eventuais formigas); lá em cima, as estrelas. E, entre uma coisa e outra, um espaço vazio sem dimensão compreensível pelo ser humano, mormente pelos nossos cérebros alterados pelo vinho.
Sobre a grama em que, deitados e emudecidos pela emoção, observamos a luz das estrelas, lembro de seu ensinamento: “A luz de uma estrela demora tanto tempo para chegar até nós que pode ser que muitas já nem existam mais, apesar de ainda vermos seu brilho.” Será que algum ser, munido de um potente telescópio em um dos planetas que porventura orbite qualquer daquelas estrelas que vemos, também nos verá (e ao brilho que emanamos quando juntos), imaginando que não existimos mais?
Como o brilho das estrelas. “É assim que quero continuar imaginando nosso amor. Se um dia ele acabar, não me conte. Vou enxergar seu brilho através dos tempos, pois tenho comigo que algo tão intenso não merece nunca ser apagado.”