O ÚLTIMO ATO DE AMOR (Conto)
Maria Aparecida era casada com Luílson há 9 anos, e não possuíam filhos, pois tinham planos de conquistarem a independência financeira primeiro, para depois terem um casal de prole. Eram unidos, e todos que os cercavam, admiravam a sincronia e amorosidade de aquele casal.
Conheceram-se durante treinamentos para o ingresso a um banco, como auxiliares administrativos, nascendo daí, um lindo relacionamento.Casaram-se no prazo de 2 anos após o primeiro encontro, e juravam amor e fidelidade até que a morte os separasse.
A mãe de Maria Aparecida, viúva, morava numa cidade que distava 20 km da cidade onde Cida morava com o esposo Luílson, e quando as duas queriam ver-se, era Luílson que transportava a esposa para ver a mãe. O casal tinha um fusquinha da década de 70, porém conservado.
Certo dia, indo o casal fazer uma dessas visitas, Cida, durante o trajeto, pronuncia inesperadamente, amar o marido, sendo tomada por um desejo sexual repentino. Queria, implorando a Luílson, que parasse o carro para fazerem amor no primeiro ramal que encontrasse. Luílson, hesita, mas devido a insistência da esposa, realiza tal desejo...
Inacreditavelmente, após 1,5 km, numa curva bem acentuada, batem o fusca contra uma carreta que vinha na contramão, após uma ultrapassagem proibida. Só Aparecida morre, mas pronuncia na ânsia da morte, que o ama, agradecendo também a realização de aquele desejo que acontecera minutos antes. Aquele último ato de amor, era uma despedida...