MORTINHA POR LEMBRAR ---
Palavras cerradas pela raiva
que adquiriu a fisionomia da pedra.
Mas eu, já lá não estava…
Acuso-me,
atiro-me para longe.
Congelo o desejo do retrocesso.
E o pensamento soletrado ali tão perto…
Espalho o meu destino pelo vento.
Uma a uma farripas de contradição
ditam o veredicto do perder fabricado
pela novidade incorrecta.
Era para lá que eu ia …
O que sobrou do reflexo inverso ao do espelho?
Vontades desfeitas do sentido oposto
do ponteiro que falhou.
Foi o que eu aprendi…
Desmemorias traduzidas das marcas dos passos
na terra batida.
Quem não lembrou que tudo em mim
era um pouco do que fingi?
E o belo tornou-se vulgar.
Não foi o que quis esquecer…