O COITO FÚNEBRE (Conto)

Abelardo Nunes, de origem humilde, passou a infância e parte da adolescência na zona rural de uma cidade de São Paulo. O pai dele era proprietário de uma singela chácara, na qual cultivavam verduras e frutas para venda numa feira aos domingos.

A vida de Abelardo, era penosa, pois a renda familiar não supria nem as necessidades essenciais, fazendo com que os mesmos se mudassem para a cidade. Abelardo, apesar de ter o tabaco e o alcoolismo herdados do pai, passa a estudar e aos 23 anos é aprovado

num concurso, indo trabalhar como auxiliar no necrotério da cidade onde morava.

Abelardo, apaixona-se por uma vizinha, chamada Lorena, nutrindo esse amor platônico, por longos 3 anos. Lorena desconfiava, mas não tinha a intenção de retribuir, pois achava-se superior a ele no quesito " beleza ". Ela era loira, tinha 1,80m de altura, corpo bem delineado e cobiçada pelos jovens da elite da cidade, apesar de ser de origem humilde também...

Chegada a idade de 26 anos, Abelardo comemora o aniversário com um churrasco, tendo como convidados amigos e parentes. Embriaga-se, e encorajado pela bebida, declara-se a Lorena, querendo namorá-la. Ela, revoltada com a situação, responde a ele, que "nem morta, o namoraria ", pois o considerava inadequado para ela...

Abelardo, retira-se, indo chorar à parte. Talvez tenha sido o pior aniversário dele, fazendo com que não a procurasse mais. Abelardo, tomado por uma grande tristeza, muda-se da rua onde morava, evitando assim, cruzamentos esporádicos com Lorena...

Seis meses depois, Lorena vinha de uma festa com os "ficantes", num carro em alta velocidade, dirigido por Chico, jovem advogado, descendente de família nobre da cidade. Chocam-se contra um poste, e Lorena tem morte instantânea. Os jovens saem do lugar e fogem do flagrante, indo o corpo de Lorena para o único necrotério do município. Por coincidência, era plantão de Abelardo, o jovem humilhado por Lorena...

Abelardo, inerte, chora de maneira contida, mas julga ter a única oportunidade de se relacionar com Lorena... Não a desperdiça e algumas horas mais tarde, após ingerir duas doses de aguardente de cana, inicia o coito, lembrando-se das palavras de Lorena, as quais expressavam de que não ficaria com ele, nem morta...

Abelardo, suga os mamilos de Lorena de forma arrebatada... Não se esquece também de lamber a vulva da amada, penetrando-a depois. Horas mais tarde, tem a noção do pecado cometido àquele corpo. Arrepende-se, reza ante o cadáver, e vai embora regenerado...

Emadilson de Jesus
Enviado por Emadilson de Jesus em 09/02/2011
Reeditado em 17/05/2015
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