Da alma mulher... A pequena menina Ihra
Antes da manhã... Ao findar da madrugada
Toda em prontidão estava a passarinhada
Prontos para a cantoria matutina
Aguardavam alegres, apenas o despertar da doce menina
E Lá vem ela... A pequena Ihra
Com seus grandes olhos cor de arco Iris
Seus lábios belos e meigos
Todos os tons da vida em seus cabelos
Sua melodia acordava o dia
Brindava os pássaros e os bichos maiores ou menores
Alcançava ruas de ricos e pobres
Ihra tinha o dom maior... A mais nobre magia
De tocar a alma com sabor de doce
Por todos os dias, em todas as noites
Não que sua vida não tivesse problemas
Mas seu viver tinha a varinha mágica chamada...
Fé!
Mas uma fé maior que a cegueira do acreditar
Uma força nobre em ver além... Ver por dentro
Ver tudo como realmente se é, como é
Ver de sua janela os vales místicos do Tibete
Olhar a sombra do gato de botas
Ver mais do que escondem as portas
Via, pois via apenas o que acontecia
Não como suspeitava ou por intrigas
Apenas o que imaginava ou como queria
E o tempo faz os anos, mas não macula o eterno berço
Da alma mulher... A pequena menina Ihra!