Poeta Maldito!?

"Do seu íntimo as palavras se transformam em gotas de veneno, embrulhadas no humor sarcástico, satânico explorando o negror da alma des -humana"! (Ana Marly de Oliveira Jacobino)

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Ciclo dos Poetas Malditos:

Isidore Ducasse – O Conde de Lautréamont!

Lucien Ducasse, nascido em Montevidéu a 4 de abril de 1846, autor celebrizado pelo pseudônimo, Conde de Lautréamont, um mito literário que faz seu nome nos pilares de uma bibliografia que o coloca junto de outros autores tão controversos,quanto ele.

A morte, as guerras e o destino trágico acompanham a vida de Isidore-Lucien Ducasse desde o seu nascimento. Aos dois anos, testemunha o suicídio de Célestine-Jacquette Davezac (1821), sua progenitora, acontecido na comemoração natalina de 1847, no casarão 9, da rua Camacuá, em Montevidéu.

Logo aos 13 anos, com os acontecimentos das pestes e guerras no Uruguai, o menino é jogado em um navio pelo chanceler interino do consulado geral da França em Montevidéu e também o seu pai François Ducasse (1809-1887), para receber a educação no sul da França, lá ele sofre crises de angústias profundas e as maldades dos pedófilos nas prisões escolares de Tarbes e Pau, onde vivia

Ele escreve em :"Os Cantos de Maldoror".

"Pois bem, que assim seja! Que minha guerra contra o homem se eternize, já que cada um de nós reconhece no outro sua própria degradação... já que somos ambos inimigos mortais. Quer deva eu conseguir uma vitória desastrosa ou sucumbir, o combate será belo; eu, sozinho contra a humanidade".

Seu pai o abandona e o "Conde de Lautréamont", ou melhor, Isidore Ducasse morre muito jovem, aos 24 anos, em um hotel, como sempre, solitário, morre de causa ignorada.

"Abram Lautréamont! E aí está toda a literatura virada pelo avesso como um guarda chuva! Fechem Lautréamont e tudo volta ao seu lugar..." (Francis Ponge)

Pequena bibliografia

Lautréamont. Os Cantos de Maldoror - Poesias - Cartas - (Obra completa) / trad., prefácio e notas por Claudio Willer (visualização do livro no google books)

Isidore Ducasse e o Conde de Lautréamont nas Poesias, Raoul Vaneigem