NATAL...LENDA E FÉ!
NATAL...LENDA E FÉ!
Quando o Natal chega, a alegria e a paz chegam junto, porque aquela aura de luz que vem do céu, inunda a alma das pessoas que procuram perdoar pequenas coisas e as vezes até alguma ofensa maior e ao som dos hinos da época a alegria invade os lares e os planos de ceias e presentes são feitos por crianças e adultos,
Como sempre as diferenças financeiras falam mais alto e separa pobres e ricos e essa é a parte triste do Natal, porque nem todos tem dinheiro para ceias e presentes, mas as crianças não sabem disso e continuam a sonhar com coisa impossíveis; Maria Terezinha era uma menina pobre, que sonhava como as ricas.
Todas as noites ela se deitava em sua pobre cama e de olhos abertos, pensava nas coisas bonitas e gostosas que tinha visto nas vitrines das lojas e antes do sono chegar ela rezava para o Menino Jesus e fazia seu pedido, assim: Meu querido Jesuszinho, eu bem que queria tudo de bom e bonito que vejo, mas só peço que traga meu pai Antonio de volta para casa. Amém.
Rosa e Antonio tinham dificuldades para criar sua filha Maria Terezinha, em sua pequena cidade de Rio do Bagre, lá nos cafundós de Minas Gerais; eram lavradores e plantavam um pouco de tudo em seu pequeno pedaço de terra, mas cada ano que passava, alguma coisa de ruim acontecia para atrapalhar a vida deles.
Uma hora era sol demais e chuva de menos ou chuva de granizo e no inverno vinha a geada que acabava com tudo; eles moravam na periferia da cidadezinha em um barraco pequeno de madeira coberto com sapé, de madrugada Antonio ia trabalhar em sua terrinha e Rosa cuidava dos afazeres domésticos.
As vezes ela conseguia uma faxina ou alguma roupa para lavar e conseguia ganhar uns trocados, mas as dificuldades só aumentavam e Antonio resolveu ir para o norte trabalhar de garimpeiro, mas se foi e se perdeu no meio do mundo, nunca deu noticias e a pobre mulher se considerava viúva, mas a filha não perdia as esperanças.
Anos se passaram e Maria Terezinha, já com dez anos de idade, não desistia e continuava com sua oração de todos os Natais pedindo só a volta do pai, porque nenhum presente lhe daria alegria sem o pai por perto; naquele ano a menina rezava com mais fé ainda, ela esperava que o Menino Jesus ouvisse.
As onze horas Rosa chamou a filha para irem assistir a Missa do Galo e Maria Terezinha disse: vá a senhora mamãe, eu vou esperar o papai, tenho certeza que meu Jesusinho vai me atender hoje; Rosa saiu chorando e deixou a filha com sua ilusão, porque ela não acreditava.
Mais uma vez Maria Terezinha rezou sua pequena oração e junto com o som do sino da igreja saudando o Nascimento de Jesus, ela ouviu batidas na porta e foi abrir na certeza que era seu pai e era mesmo, Antonio chegou em um carro cheio de presentes e coisas boas para a ceia e depois de abraços e beijos, foram para a igreja.
Rosa nem acreditou em seus olhos quando viu o marido chegando com a filha, ela chorava e ria ao mesmo tempo, toda a comunidade veio abraçar Antonio e foram com ele e sua família até sua modesta casa e comemoraram juntos aquele milagre conseguido com a fé e oração de uma criança e o melhor era que ele estava rico.
Antonio disse que tinha prometido a si mesmo, só voltar quando conseguisse meios de livrar sua família daquela pobreza e depois de tantos anos de luta, tinha encontrado um grande veio de ouro e agora estava de volta para cuidar bem de Rosa e de Maria Terezinha; mais uma vez a menina rezou, agora para agradecer ao Deus Menino a graça alcançada e a alegria de volta
Maria Aparecida Felicori{Vó Fia}
Texto registrado no EDA