"Violentando o Tarado" =Conto "sugestão"=
Ele gostava de agir ao cair da tarde. Pouco antes do escurecer ele esperava sua vítima e surgia diante dela com um longo punhal de cabo de osso. Nos últimos trinta dias cometera seis estupros naquela região pouco habitada e preparava-se para o sétimo dentro de instantes. Escolhera uma linda mocinha loura, de aspecto frágil e longos cabelos, e sabia que estava quase que na hora de ela passar por ali vinda da escola. Tinha jeito de professorinha recém-formada. Seria fácil assustá-la, levá-la até o meio do matagal, possuí-la à vontade e depois deixá-la por lá mesmo. Desacordada ou morta, dependendo apenas da rebeldia da vítima. Matar não era o que lhe dava mais prazer, mas se fosse inevitável...
- Boa tarde, gatinha. Aceite meu convite para ir comigo até ali adiante ou conhecerá a lâmina de meu punhal.
- Pois não, senhor. Não será preciso usar violência, moço. Sei muito bem que reagir é pior.
- Boa menina. Bem ajuizada. Conhece bem o ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Vamos, entre no mato e vá seguindo a trilha. Se tentar correr, fugir de mim, fique sabendo que a alcançarei e...nem te conto que te acontecerá.
- Eu já disse, moço, que não será preciso usar violência. Farei o que o senhor quiser e quantas vezes quiser.
O estuprador ficou espantado com a calma da moça. Todas suas vítimas anteriores esperneavam, tentavam correr, imploravam piedade, e isso sempre o irritava tremendamente e ele acabava machucando-as ou matando mesmo sem querer. Essa parecia fácil e tranqüila demais.
- Você está a fim de sexo, moça?
- Estou a fim, moço, de não ser morta ou machucada. Já vi que o senhor é muito forte, que está armado e que é inteligente, o que a gente nota logo pelo modo de se expressar.
- Você acha mesmo que sou inteligente?
- Isso está na cara. E é também um rapaz bonito, bem apessoado mesmo.
- Você está gozando da minha cara...
- Não sou louca, moço. Não gozaria da cara de alguém armado de um punhal. O que o senhor mais gosta de fazer com uma mulher?
- Se quer mesmo saber, moça, o que mais me agrada é ganhar sexo oral. Bem demorado e bem gostoso. Você gosta de fazer isso?
- Gosto de tudo que o senhor quiser.
“Senhor...”. A moça lhe parecia cada vez mais engraçada. Não reagia com nervosismo, continuava conversando como se a situação fosse a mais normal do mundo, chamava-o o tempo todo de senhor. Tipinha estranha mesmo...
Chegando ao local de sua preferência, no meio do matagal, em um pequeno bosque de mato ralo, mandou que ela parasse e tirasse a roupa.
- Toda, senhor?
- Toda, moça.
- E o senhor, vai tirar também?
- Claro. E vamos nos deitar em cima de sua roupa pra evitar o mato no corpo.
- O senhor se importaria de se despir primeiro? Assim eu ficaria menos envergonhada.
Ele não respondeu, mas tirou toda a roupa sem largar por um instante sequer o longo punhal. Ela se ajoelhou na frente dele, pegou-lhe o pênis, massageou-o suavemente e esperou pelo enrijecimento total que ainda não havia acontecido.
Quando ele pensou que ela iniciaria o sexo oral, já que ela estava com a boca aberta e aproximando-se de seu órgão, o susto foi grande: com as duas mãos
unidas, e de dedos fechados, ela levantou o próprio corpo e o do tarado com um único movimento brusco. Levantado pelo saco, na defesa natural dos testículos, seu corpo subiu como se pesasse muitos poucos quilos. Quando ela o soltou, depois de breves segundos, ele caiu ao chão com estardalhaço e o punhal voou longe. Mas não tão longe que ela não pudesse pegá-lo e logo o encostasse na garganta do anormal:
- Vamos lá, vagabundo de uma figa!! Vire-se bem devagarzinho se não quiser que eu atravesse sua garganta com essa coisa.
- Virar como?Pra que lado?
- De barriga pra cima, sua besta. Se está de bunda pra cima só pode ser para o outro lado.
Tão logo ele se virou ela meteu um murro fortíssimo em seu nariz com uma força insuspeitada em tão aparentemente frágil figura feminina.
- Está lidando com uma atleta profissional, tarado nojento. Nem tente reagir se não quiser morrer em um segundo.- O aperto do punhal em sua garganta mostrou que ela não estava brincando. Mais um pouco e o sangue esguicharia.
Ao virar-se ele percebeu que ela estava com um frasco na mão direita enquanto segurava o punhal com a esquerda e logo um líquido que lhe pareceu gelado foi esguichado desde seu pênis até sua emaranhada cabeleira. Chegou a sentir uma ponta de prazer e alívio logo substituídos pelo desespero. Ela jogara álcool nele e logo ateara fogo com um pequeno isqueiro.
Desesperado de dor, guinchando feito porco na hora da morte, ele se levantou e correu enquanto tentava apagar o fogo com as mãos, que batia nervosamente pelo corpo.
- Vai demorar a apagar, senhor. É álcool combustível.
Urrando, gemendo, guinchando, o homem corria em todas as direções desabaladamente e só parou quando tropeçou em uma pedra pequena e caiu de cabeça em uma pedra maior abrindo fatalmente o crânio.
A moça ficou por ali mais alguns minutos observando a ação do fogo. Caso se tornasse perigoso, caso lhe parecesse que ocasionaria um incêndio, tomaria as necessárias providências por sua própria conta. Ou chamaria os bombeiros.