O MAIS ESPETACULAR CONTO DE NATAL

Estava se aproximando o Natal e como acontece todos os anos é comum que nos intervalos dos programas de TV, apareçam propagandas de brinquedos, o que faz com que inúmeras

crianças sejam levadas a nutrir em seus corações o desejo de obter esse ou aquele presente. E com aquela criança não foi diferente.

Ao ver na TV a propaganda de um carrinho de controle remoto, Chiquinho foi correndo pedir ao seu pai, Seu Sebastião , o objeto de desejo:

- Pai quando for dia de Natal, o senhor pode me dá um carrinho de controle remoto??

- Meu filho você sabe nos somos muito pobre, eu não tenho condições – falou Seu Sebastião.

- Poxa pai eu queria tanto ganhar um carrinho de controle remoto- disse Chiquinho.

- Meu filho já lhe falei que nós não temos condições financeiras o dinheiro que eu ganho mal dá pra comer, mesmo assim eu vou ver se consigo lhe dá um carrinho comum sem controle, ta bom Chiquinho?

- Pôxa paizinho, se eu ganhasse um carrinho de controle remoto eu seria a criança mais feliz do mundo- concluiu Chiquinho fazendo aquela carinha que não tem pai que resista.

- Tá bom eu não vou prometer nada Chiquinho, mas o papai vai ver o que dá pra fazer.

A partir daquele dia até o dia do Natal , Seu Sebastião tornou-se um homem determinado. Ele que era auxiliar de pedreiro, começou a economizar: ia e voltava à pé para o seu trabalho; não comprava mais aquele cafezinho de R$ 0,25, guardava o dinheiro; catava latinhas e papelão; sempre que tinha eventos conseguia um bico de guardador de carros; limpava o quintal dos outros e ate arrumou um carrinho-de-mão, para buscar garrafões de água mineral e assim conseguir mais uns trocados.

O esforço valeu a pena. Na noite de Natal ao abrir seu presente Chiquinho ganhou o tão sonhado, carrinho de controle remoto. Deu um abraço caloroso em seu Sebastião e falou:

- Obrigadão paizinho . Eu sou a criança mais feliz do mundo.

No dia seguinte Chiquinho pediu ao Seu pai para ir à rua brincar com seus coleguinhas e mostrar o seu carrinho de controle remoto. Chiquinho estava caminhado quando viu um garotinho com roupas humildes, e dos olhos da criança lagrimas rolavam. Chiquinho se aproximou e perguntou ao garoto:

- Por que você está chorando, alguém lhe bateu??

- Não, ninguém me bateu não, eu tou chorando por que eu queria ganhar um carrinho de controle remoto no dia de Natal, mas meu pai falou que a gente era pobre e que a gente não tem dinheiro nem pra comer, então eu não ganhei foi nada de presente de Natal, não ganhei nada. Se eu ganhasse o carrinho de controle remoto eu seria a criança mais feliz do mundo.

Chiquinho sem pestanejar pegou o seu carrinho de controle remoto e deu ao garotinho dizendo:

- Toma, é teu!

- De verdade, você ta me dando o teu carrinho de controle remoto?

- Tô sim é teu, leva pra ti!

- Pôxa obrigado , agora eu sou a criança mais feliz do mundo- disse o garoto que saiu correndo no meio da rua, sabe Deus pra onde.

Chiquinho voltou para sua casa. Seu Sebastião ao ver que Chiquinho não estava com o carrinho de controle remoto perguntou surpreso:

- Chiquinho cadê seu carrinho de controle remoto???

- Pai quando eu sai pra brincar encontrei um garotinho bem pobre pai, mais pobre do que a gente, ele tava chorando paizinho, por que ele queria ganhar um carrinho de controle remoto no dia de Natal, mas o pai dele falou que eles não tinham dinheiro nem pra comer, e ele não ganhou foi nada de presente de Natal. Nada paizinho, aquele garoto não ganhou nada. E ele falou que se ganhasse o carrinho de controle remoto seria a criança mais feliz do mundo. Então pai eu dei o meu carrinho pro garoto pobrezinho , mais pobre do que eu.

Seu Sebastião ficou de joelhos bem em frente de Chiquinho para assim poder olhar nos olhos de seu filho. Com suas mãos calejadas segurou os antebraços de Chiquinho, faendo com que os mesmos se aproximassem do tronco, Com os olhos mareados de lagrimas seu Sebastião olhou nos olhos de Chiquinho e com a voz meio embargada falou:

-Chiquinho.........

-Sim pai.

_Chiquinho meu filho, vai pra puta que te pariu........

VITOR SERGIO
Enviado por VITOR SERGIO em 14/12/2010
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