Sonho...
Essa é a história de um garoto gente boa, porra loca, Rodolfo...cara bacana, estilo maluco beleza, com seu Opala 78 cor verde metálico, cortava as ruas e avenidas da longínqua cidade de Irajá, sua maior paixão era guiar seu "possante", passava horas e horas a dirigir, sem muito pensar, apenas acelerava e sentia o motor impusionar seu carro. Com um braço segurava o volante, com o outro segurava seu cigarro, hábito que ja tinha a anos, e que as vezes o levava a ter algumas crises de tosse! Naquela sexta-feira a noite, Rodolfo estava inspirado, enquanto andava da porta de casa até o portão, ficou a admirar seu opala, estava parado em frente a casa onde morava, iluminado pela luz fraca do poste, ele parecia mais bonito, mais agressivo, e um tanto quanto misterioso, era uma noite fria, havia um pouco de neblina no ar, o que deixava aquela noite bem chamativa pra acelerar! Acendeu um cigarro, apertou a maçaneta do "possante" e saiu pela cidade acelerando fundo, no rádio tocava um sucesso que o fazia lembrar da antiga namorada por quem foi perdidamente apaixonado, e que mesmo depois de anos de separação ainda aparecia em seus sonhos...apertou ainda mais o acelerador, pra ver se aquela lembrança sumia de sua cabeça, infelizmente não sumiu, e a distração quase custa uma batida no carro que ia a sua frente. Trocou a estação do rádio, procurando algo que lhe desse felicidade, o que conseguiu foi um rock n' roll pesado com uma guitarra gritante e um vocal quase histérico, ótima música pra quem busca um pouco mais de adrenalina, seguiu com seu carro sentido free-way, estrada ótima pra fazer o velocímetro "desmaiar", acelerou o quanto pôde, o ronco do motor ecoava no asfalto, o velocímetro andava rápido, e rodolfo mais rápido ainda, naquela insana procura por emoção, o sorriso no canto da boca de rodolfo demonstrava o quanto estava feliz ao ver o ponteiro do "possante" marcando 220km por hora, ficou alguns segundos a admirar aquele ponteiro e aqueles números, tirou o pé do acelerador, levantou lentamente os olhos para a pista novamente, tentou visualizar a estrada, mas os faróis dos dois carros que vinham em sua direção o cegavam, tentou freiar o carro, mas era tarde demais...nada pode fazer, apenas fechou os olhos e esperou o pior...uma batida forte, e um grito "Rodolfoooooo acorda"!! sua mãe batia na porta e o chamava pra levantar.