Atropelamento do Tempo e do Vento.
Estava indo, dirigindo sem dizer uma palavra, olhando, apenas.
O sol crepuscular se aproximava no horizonte, com alaranjados e cores mil, tudo no interior, coração do Brasil. Uma viagem seu um fio de esperança.
Silêncio total, espaço, vento e o motor do wolkswagem novo. No mais, não estava ali, estava morto há muito tempo, dentro de um tempo imemorial, vívido apenas em seu âmago.
Morrera nos idos de uma época tal que sequer em sonhos gostara de retornar, tão suave e pura se lhe apresentava...
Morrera atropelado pela velocidade tecnológica... Seus passos lentos, primitivos, pesados por sua pesada couraça não lhe deram expectativa de salvação. Apenas o som da pancada e a escuridão...
Cristiano Covas, 09.08.10.