ALICE.

Provocam risos, os tropeços de Alice, que aumenta o irreal e se assombra com fatos, pois caminha em nuvens e abraça pedras arranhando joelhos e alma.

Riem de sua credulidade. Ignoram que para Alice crer é viver. Desconhecem, também, que cresce Alice em cada queda.

Cresce ao reconhecer que se faz cega ao que não quer ver.

Há de frear vasta imaginação; há de acurar a percepção.

No azul crescente do céu de outubro, Alice franze o cenho para enxergar a outra margem.Respira profundamente.

Vai só e faz da coragem passarela.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 27/10/2010
Código do texto: T2581472
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