PERDIDO.

Vivia de bar em bar,desde bem jovem.Nunca encarou a vida com

seriedade,mesmo assim encontrou alguém que lhe declarava amor.

Juntos,tiveram um filho;sonhos eram unilaterais.Ela queria crescer,

ele,continuar sua vida de sempre.A mulher jovem,sonhadora,cheia de

planos para aquelas três vidas.Aquele homem,não enxergava seu

valor,para ele,era sua posse definitiva.

O bar ainda era seu grande amor de sempre,não queria deixá-lo.

Até que finalmente, a jovem mulher abriu os olhos.cansara-se

definitivamente.O amor morria ali,ela partiu para uma aventura.

Ele ao chegar depara-se com a cena.Seus olhos não acreditavam no

que viam:ela o traía!

Desesperou-se,jurou amor eterno,prometeu mudar...

Ela não mais o queria, e viver de migalhas não aceitaria mais!

Aquele homem percebeu ali,que lhe faltou o chão sob os pés.

Depressivo, entregava-se de vez;não via saída percebia-se só.

Não mais cuidados,declaração de amor,nada mais tinha.

Resolveu fugir,sabia fazê-lo.

Partia sozinho,amargurado.Recebeu ajuda,mas não a quis.

Vida regrada,trabalho,não aceitava mais.

Adentrava no sub mundo,vagueando entre praças e becos.

perdera-se.Seu filho longe, cresce sem pai.

A felicidade ficara perdida no passado remoto.

Aquele homem hoje é um ser sem rosto,nem se reconhece mais.

Vive à margem da vida,passos incertos rumo ao fim.

Tudo perdeu-se,estagnou-se,e ele,estático entregou-se de vez.

Não soube amar,agora não sabe mais viver.

É apenas uma sombra na penumbra da vida.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 27/10/2010
Código do texto: T2581022