A verdade em amar
Ora amor taciturno, porque me castigas com tamanha temeridade, porque não me deixa abrir os lábios e simplesmente declarar o meu amor? É certo que tudo o que é ígneo em demasia findará em gelo, mas estou fadada a calar-me pela eternidade desse amor? Mesmo que tudo o que é eterno tenha data marcada de findar-se, gostaria de provar dessa desfaçatez tão comum àqueles que amam um amor cego. Ora amor taciturno, porque tive eu que nascer com tantos olhos...? Encantar-me-ia ao poder sonhar por um momento apenas, inventando em tal sonho histórias para as quais haveria de lutar, fazendo-as reais. Mas então veio a razão, e inventou uma tal realidade.