PUNHADOS DE CINZAS . . .
Sente-se inquieto e levanta-se do catre onde pernoitara e sai para o exterior da caserna abandonada.
O ar é fresco e leve. Há orvalho sobre as ervas.
É aquele momento mágico que antecede o raiar da aurora em que o Tempo parece parar e as estrelas brilham desafiadoras antes de serem ofuscadas pela luz do Sol.
Aconchega mais a si o cobertor puído e sujo que encontrara sobre o catre na noite anterior quando chegara a esse quartel fantasma.
Pretende encontrar aqui os Arquivos Históricos do seu Povo que desapareceram da Biblioteca e sobre os quais era voz corrente, se encontravam num quartel abandonado.
Quartéis abandonados há-os por toda a parte desde que a Guerra fora abolida e os militares dispensados e regressados à vida civil.
Já percorreu vários e esta é mais uma tentativa.
Volta à caserna para recolher os poucos pertences que trouxera com ele. Numa bolsa lateral da mochila tem pacotes de bolachas e uma garrafa térmica com café que talvez ainda guarde algum calor.
O complexo é formado por vários edifícios já em mau estado de conservação. Tenta perceber qual deles será o que abrigou a Secretaria. Aí talvez encontre alguma pista.
O céu começa a clarear mas ainda está demasiado escuro para valer a pena iniciar explorações e Osvaldo resolve alimentar-se. O café está quase frio mas serviu para ajudar a empurrar algumas das bolachas. Entretanto o dia chegou e o orvalho evaporou ao calor do sol.
Dirige-se ao edifício que está mais perto e espreita lá para dentro. Outra caserna. E mais outra e outra. Depois, o que parece ser a enfermaria. Por fim talvez um escritório...
A desolação instala-se em Osvaldo: o que seriam arquivos está tudo queimado. E isto vai-se repetindo de quartel em quartel...
E pensa se valerá a pena esta busca que dura já há anos. Abandonou a casa, a família. Está na altura de regressar. A cabeça cobriu-se-lhe de neve e já mal se lembra dos filhos e da companheira a quem quis provar que descendiam de uma estirpe alienígena...
Desperdiçou a vida por punhados de cinzas...
Beijinhos,
Sente-se inquieto e levanta-se do catre onde pernoitara e sai para o exterior da caserna abandonada.
O ar é fresco e leve. Há orvalho sobre as ervas.
É aquele momento mágico que antecede o raiar da aurora em que o Tempo parece parar e as estrelas brilham desafiadoras antes de serem ofuscadas pela luz do Sol.
Aconchega mais a si o cobertor puído e sujo que encontrara sobre o catre na noite anterior quando chegara a esse quartel fantasma.
Pretende encontrar aqui os Arquivos Históricos do seu Povo que desapareceram da Biblioteca e sobre os quais era voz corrente, se encontravam num quartel abandonado.
Quartéis abandonados há-os por toda a parte desde que a Guerra fora abolida e os militares dispensados e regressados à vida civil.
Já percorreu vários e esta é mais uma tentativa.
Volta à caserna para recolher os poucos pertences que trouxera com ele. Numa bolsa lateral da mochila tem pacotes de bolachas e uma garrafa térmica com café que talvez ainda guarde algum calor.
O complexo é formado por vários edifícios já em mau estado de conservação. Tenta perceber qual deles será o que abrigou a Secretaria. Aí talvez encontre alguma pista.
O céu começa a clarear mas ainda está demasiado escuro para valer a pena iniciar explorações e Osvaldo resolve alimentar-se. O café está quase frio mas serviu para ajudar a empurrar algumas das bolachas. Entretanto o dia chegou e o orvalho evaporou ao calor do sol.
Dirige-se ao edifício que está mais perto e espreita lá para dentro. Outra caserna. E mais outra e outra. Depois, o que parece ser a enfermaria. Por fim talvez um escritório...
A desolação instala-se em Osvaldo: o que seriam arquivos está tudo queimado. E isto vai-se repetindo de quartel em quartel...
E pensa se valerá a pena esta busca que dura já há anos. Abandonou a casa, a família. Está na altura de regressar. A cabeça cobriu-se-lhe de neve e já mal se lembra dos filhos e da companheira a quem quis provar que descendiam de uma estirpe alienígena...
Desperdiçou a vida por punhados de cinzas...
Beijinhos,