GATA FELIZ
(à nossa gatinha que realmente sumiu...)
Chovia a cântaros... Lá fora e aqui dentro de mim também...
La fora todos sabiam ... Aqui dentro só eu sentia...
De minha janela, a transformação da natureza.
De repente um gato pela valeta a soltas corria.
Ou melhor, deixava- se levar pela correnteza...
Olhou me pedindo socorro... esquálido.
Eu o recolhi e vi que era uma gata menina...
Vinha amarrada de fitinha ... embrulhadinha.
Coitada e infeliz... Ter nascido assim:
Pobre e menina... Uma gata perdida.
Presente para meus filhos...
Ela ganhou um lar, comida e abraços quentinhos...
Mesmo assim, de noite ela sorrateira fugia...
Ninguém entendia...Para que fugir assim?
Voltava de madrugadinha... Nem carinhos ela queria.
Deitava no cantinho, seu olhar distante pedia...
Sentia saudades da rua... Da liberdade que tinha...
Certa vez, trouxe a maternidade da rua.
Quando nasceram os gatinhos pensei:
Acabaram-se finalmente as folias!
Ledo engano...
Após a mamada... Lá ia ela procurar a rua...
E sua vida foi seguindo assim:
Entre os carinhos dos bebês e a alegria sem fim...
Quando os filhos cresceram, ela pulou novamente
pela janela das aventuras que tanto idealizava.
Dessa vez não mais voltou...Dia e noite,
deixou a casa vazia...Noite e dia...
De nada adiantaram os carinhos de meus filhos,
nem dos próprios filhos seus...
ficaram todas nas suas fitinhas, amarradinhas,
onde a luz da lua não vinha.
Com a mãe delas era diferente:
O ofuscar das luzes lá fora a chamavam...
Então numa noite qualquer do calendário
que os homens inventaram,
Aceitou o convite da rua. Não mais voltou.
Gata corajosa e nobre essa!
Nasceu com o perfil de menino.
Veio na enchente e pra lá voltou...
Quisera eu também sair pela janela...
Assim como ela.
Gata livre, feliz...
(à nossa gatinha que realmente sumiu...)
Chovia a cântaros... Lá fora e aqui dentro de mim também...
La fora todos sabiam ... Aqui dentro só eu sentia...
De minha janela, a transformação da natureza.
De repente um gato pela valeta a soltas corria.
Ou melhor, deixava- se levar pela correnteza...
Olhou me pedindo socorro... esquálido.
Eu o recolhi e vi que era uma gata menina...
Vinha amarrada de fitinha ... embrulhadinha.
Coitada e infeliz... Ter nascido assim:
Pobre e menina... Uma gata perdida.
Presente para meus filhos...
Ela ganhou um lar, comida e abraços quentinhos...
Mesmo assim, de noite ela sorrateira fugia...
Ninguém entendia...Para que fugir assim?
Voltava de madrugadinha... Nem carinhos ela queria.
Deitava no cantinho, seu olhar distante pedia...
Sentia saudades da rua... Da liberdade que tinha...
Certa vez, trouxe a maternidade da rua.
Quando nasceram os gatinhos pensei:
Acabaram-se finalmente as folias!
Ledo engano...
Após a mamada... Lá ia ela procurar a rua...
E sua vida foi seguindo assim:
Entre os carinhos dos bebês e a alegria sem fim...
Quando os filhos cresceram, ela pulou novamente
pela janela das aventuras que tanto idealizava.
Dessa vez não mais voltou...Dia e noite,
deixou a casa vazia...Noite e dia...
De nada adiantaram os carinhos de meus filhos,
nem dos próprios filhos seus...
ficaram todas nas suas fitinhas, amarradinhas,
onde a luz da lua não vinha.
Com a mãe delas era diferente:
O ofuscar das luzes lá fora a chamavam...
Então numa noite qualquer do calendário
que os homens inventaram,
Aceitou o convite da rua. Não mais voltou.
Gata corajosa e nobre essa!
Nasceu com o perfil de menino.
Veio na enchente e pra lá voltou...
Quisera eu também sair pela janela...
Assim como ela.
Gata livre, feliz...