Felicidade.
Se a algo que me faz sorrir é ele. Chega à casa todo, todo, senhor absoluto do pedaço.
Ocupa lugar no seu sofá predileto. Muda o canal de TV a bel prazer até encontrar o que quer assistir, o que era tortura hoje é nosso prazer também.
Conta os acontecimentos escolares como estivéssemos lá, alias conhecemos todas as professoras, as tias, os amiguinhos tornaram-se nossos também.
Três vezes por semana, logo cedo vamos ao futebol, sou santista, ele são paulino, joga na escolinha do São Caetano, não perdemos um jogo. Centroavante, difícil jogo em que não marca pelo menos um gol.
Sempre voltamos a pé, pelo caminho descobrimos varias espécies de formiga, até saúvas, normalmente as seguimos vendo suas colheitas de folhas, suas coletas de animais e outros objetos até a entrada dos respectivos formigueiros.
Pelas árvores vimos dúzias de diferentes ninhos, alguns já podemos relacionar a seus donos. A outros pelo canto aprendemos identificar, tanto que quando não os ouvimos, fica preocupado com o que poderia ter acontecido com nossos belos e frágeis amigos.
Galhos de árvores, encontrados pelo chão são usados para revolver montes de folhas a procura de seus minúsculos habitantes. Quando encontramos um pequenino sapo, o grande acontecimento da semana tivemos que voltar conseguir encontrar novamente e fotografar em sua mãozinha.
Com ele não há um dia igual ao outro, não há um momento de tristeza, um só instante de solidão. Basta ouvi-lo chamando no portão: “VÓ! O VÓ!”