De repente amor
Luci era conhecida por todos da sua rua, bairro, escola talvez até naquela cidadezinha inteira que seus relacionamentos não duravam... Aliás, duravam apenas uma semana. Era de se espantar, uma garota tão linda, tão elegante e tão bondosa quanto Luci viver esse carma, de “namoros semanais”.
Muitos garotos a cortejavam, muitos vinham de povoados distantes só para cortejá-la... Uns ela não se interessava, e os que ela se interessava, sempre rolava algo... Algo de uma semana.
A pobre garota já estava sentindo-se muito triste e “sozinha”, pois nenhum de seus relacionamentos dava certo... Os pais de Luci já estavam preocupados, pensando em alguma solução para desvendar esse misterioso carma de sua filha.
Binho era o melhor amigo de Luci, o melhor amigo mesmo, aquele que ela o considerava como irmão, mas que na verdade Binho não queria apenas sua amizade. O garoto fazia de tudo para agradar a moça – suas indiretas, seu jeito de tratá-la – nada fazia que ela o notasse.
Binho era feinho, feinho, mas era super simpático, gentil e atencioso com todos, principalmente com sua amada. Ficava muito triste quando via sua amada nos braços de outro rapaz, e ficara mais triste ainda, quando ela vinha chorando para seus braços para desabafar sobre suas desilusões.
Um dia, após outra desilusão, lá vem à pobre menina para os braços do garoto – foi quando ele resolveu dá um “gelo” dela. Ele que sempre a recebia de braços abertos, sempre com palavras de consolo, nesse dia, ele simplesmente a ouviu. Nada mais. Depois disso, Binho que era um aluno excelente, foi transferido para o exterior para terminar seus estudos fora do país. Foi, porém não quis se despedir de Luci, apenas escreveu uma carta, e pediu que seu irmão mais novo, a entregasse para a garota, quando ele já estivesse bem longe.
“Despedir-me de ti, pra mim seria muito mais doloroso do que ir sem te avisar. Fui transferido para o exterior, terminarei meus estudos lá. Talvez sinta minha falta, por saber que sempre estive ao seu lado, sempre te ajudei, e que agora não estarei mais perto de ti. Eu sempre te amei, disso tu sabes te esperei por muito tempo, e espero ainda. Promete me esperar? “ – A cada palavra uma lágrima descia pelo rosto tristonho da pobre menina e sussurrando, ela falou: Eu prometo!