O BURRO QUE SONHOU CORRER NO JÓQUEI

Era um rico haras onde se criavam os mais puros sangues que há na raça equina. Tudo era de primeira qualidade. Os empregados tratavam desde os estábulos e a alimentação dos animais como um hotel cinco estrelas. Na limpeza usavam, além de tratores, uma carroça puxada por uma égua que não serviu para ser adestrada como os outros animais para participar de corridas em jóqueis clubes do país.

Considerada animal de tração onde também havia um jumento que fazia a mesma função, os dois ficavam separados dos puros sangues. Em um belo dia a égua apareceu prenha. O administrador não gostou da novidade mais nada pode fazer a não ser esperar o filho da égua com o jumento.

Quando nasceu o burrinho, que era um macho, o administrador até gostou pois o jumento já era considerado velho e o burro ficaria em seu lugar .
O burrinho foi crescendo e vendo os potros serem treinados nas raias. O burrinho entusiasmado falou para o pai: - também quero treinar para ser corredor!

O jumento respondeu: - Você pirou? Onde já se viu um burro correr num jóquei clube? Aliás, burro faz muito é trotear!

Mas, o burrinho, todos os dias, saía em disparada pelas invernadas com aquele jeito duro. Todos achavam engraçado!

O tempo foi passando e a mãe com dó do pobrezinho foi dando dicas de como os cavalos correm. E não é que o burrinho foi assimilando aos poucos! Depois de alguns anos de tentativa, quando já estava se sentindo quase como um cavalo de corrida, eis que o pai morreu e ele fora posto na carroça em substituição ao mesmo.

Assim, terminava o sonho de um burro que queria correr o grande prêmio do jóquei clube brasileiro.
 
Di Assis (24/08/2010)


Di Assis
Enviado por Di Assis em 25/08/2010
Reeditado em 28/08/2010
Código do texto: T2457967
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