A CARTA - De um espírito de Luz a uma mãe desesperada!

O Rafael era um rapaz de 22 anos, 1,90 m - que vivia numa cidade do interior paulista, em companhia da sua mãe, que ficara viúva quando ele tinha apenas dois anos de idade. Eram dois irmãos, e o mais velho, o José, já casado, e com a esposa esperando o primeiro filho, todos moravam na mesma casa, com a mãe, Rita.

Eles viviam em harmonia e tinham uma padaria num bairro de classe C. Certa noite, quando já havia dispensado os dois funcionários que o ajudavam na labuta, Rafael recebeu a visita de um amigo que o ajudou a fechar o estabelecimento. Na saída, lembrou-se de uma chave que havia esquecido no Caixa. Quando retornava com a chave, encontrou o amigo dominado por um assaltante, que desferia coronhadas no rapaz. Rafael foi em socorro do amigo; entrou em luta corporal com o bandido e recebeu um tiro no peito, vindo a falecer instantaneamente.

O desespero da família era algo de fazer chorar. A pobre mãe entrou em depressão profunda e perdeu a vontade de viver. Com o tempo, pensando em não agüentar de tanta dor, combinou com o filho mais velho vender o negócio e saírem da cidade, visando diminuir a dor da perda irreparável do filho adorado. Fizeram planos, mas nem chegaram a anunciar a venda do estabelecimento. Numa das poucas vezes em que a pobre mãe juntou forças para ir à padaria, eis que aparece uma senhora de cabelos grisalhos com uma carta, procurando pela família do rapaz que havia sido assassinado. A funcionária que atendeu a portadora da carta, levou-a até a mãe de Rafael que a recebeu e, perplexa, leu a seguinte mensagem:

“ Mãe, não se deixe vencer pela tristeza e pela dor da perda. Sei que é difícil, mas peço-lhe, encarecidamente, que tenha forças. Eu estou muito bem aqui e estou muito feliz. Quero pedir à senhora para não vender a padaria. A senhora é uma guerreira, mãe, e tenho certeza que sua vida vai mudar a partir de agora. Converse com meu irmão e faça uma reforma no prédio, como tínhamos combinado, mas não o venda.

Estou sabendo que o rapaz que atirou em mim está preso.

Mãe, peço-lhe que o perdoe, pois ele precisa da nossa prece, muito mais do que eu. Procure sua família e ajude seus filhos pequeninos e sua esposa que passam necessidades. Eles não têm culpa das ações do pai e do marido.

Em breve, mãe, estarei fazendo nova comunicação com você. Dê um beijo e um abraço no meu irmão e em todos aqueles que choraram por mim e diga-lhes que não chorem mais, pois estou muito bem e muito feliz.

Beijos do seu filho que muito a ama,

Rafael”...

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 07/08/2010
Código do texto: T2423463
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