Ela Partiu...
Fechou o portão, olhou seus filhos que apertavam apavorados seus rostos na vidraça e com os olhos marejados e coração partido seguiu seu caminho. O trem levava bem mais que sua bagagem. Desceu na estação da pequena cidade, indagou sobre a direção do Sanatório e passos pequenos a levaram ao isolamento. Era necessário e obrigatório. Não adiantava querer fugir, ‘eles’ a alcançariam. Além do mais, não colocaria sua família em risco... A partir daí, as notas que cantariam a música de sua vida não seriam mais alegres e sonoras. Seriam melancólicas, como as que ecoam na mortificação.