Fica a pergunta na busca de resposta!

Tudo havia se passado de uma forma mágica, todos estavam em silêncio. As palavras já não tinham mais importância naquela casa, pois pairava no ar um clima triste e sombrio.

Cada um dentro da sua própria concha se guardava em seus pensamentos e angústias. O diálogo, tão importante em qualquer momento, se tornava uma peça descartável diante àquela situação tão lastimável.

Quanto desperdício de tempo. Quanta falta de entendimento e de humildade. O orgulho era o rei da barriga, era o mestre da razão e fazia com que cada um daqueles pobres mortais se tornassem bobos da corte.

Fazia-se o clima do faz de conta, faz de conta que tudo está bem. E assim, levando dia após dia uma verdade falsa dos fatos, fatos nunca desvendados.

A magia de que tudo iria dar certo, transformou-se em um pesadelo. Corações partidos pela esperança de dias melhores, dias estes dos quais não sabemos se voltaram a existir novamente.

Pobres meninas, só queriam dividir a paz de estar bem, de estar em uma família possilvemente feliz.

Rosa e Jurema, duas moças tristes por uma grande perda, a perda da sua mãe querida. Uma perda nunca e jamais substitiuída.

Frágil é a Rosa, apesar de seus espinhos que a tornam forte, pétala por pétala ela assim tão rapidamente se desfaz. Apesar de sua aparência fote, Jurema também não suportava a dor.

Sutilmente a vida as levava a vivenciar coisas novas. Pedras para serem retiradas, uma por uma, com um peso de uma rocha.

Jurema, envolta em seus pensamentos misturados, doídos e perdidos, ficava tentando aliviar o clima hostil. Só queria paz e tranquilidade, só queria viver bem e ver Rosa feliz também.

Como agir diante as incertezas?

Como agir diante fatos não revelados?

Deixar tudo pra traz e procurar refazer um novo caminho, buscando uma convivência respeitosa?

Fica a pergunta na busca de respostas.

Mas a vida mais uma vez mostra seus desígnos e o tempo é o senhor de todas as horas, nele encontramos a solução de vários problemas. Nele, o desespero das incertezas se transformam em verdade. Vamos trilhando novos horizontes, as estradas estreitas vão se alargando e tudo que era escuro vai ficando mais claro ao caminho da luz.

E assim, Rosa perdou, e Jurema ficou feliz.

Keila Gusmão
Enviado por Keila Gusmão em 03/06/2010
Código do texto: T2297426
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