Paulo amou a Adélia desde o primeiro instante em que a viu.
Ó que linda donzela...! Virgem! Maria..virgem!
Com o coração transbordante de amor, não demorou a casar. Que felicidade!
Paulo trabalhava em sistema de escala de serviço - ora, durante o dia e ora, à noite -.Quando acontecia de dormirem juntos, Adélia acordava cedo, não se demorava na cama. Paulo queria enroscar os pés nos seus..enfiar o nariz nos caracóis dos cabelos de Délia - era assim que ele a chamava - e, outras coisas mais, que o conduzia ao céu..
Porém, ele sempre si perguntava: Qual a razão de Délia acordar tão tarde quando ele trabalhava à noite...?
Aconteceu de Paulo beneficiar a um colega, dobrando a sua escala de serviço e, assim, recebeu do mesmo, a dádiva de poder dormir em casa naquela noite...Que felicidade!
Iria surpreender Délia, tão sozinha naquela cama enorme!
Ao chegar a casa, entrou de mansinho..para surpreendê-la.
Grande foi a surpresa de Paulo...! Um homem enorme estava em pé no seu quarto, enquanto que, Adélia -mulher pequena, porém, de boca grande -, batia-lhe quase que a cintura, se deleitava em carícias com o visitante noturno.
Paulo era pequeno e franzino, não teve outra saída a não ser gritar: Solta a mulher do outro!
EstherRogessi, Miniconto: Délia e o gigante, categoria: Narrativa. 28/05/10