O Pássaro e a Liberdade
Era um lindo pássaro, todo colorido, seu cantar maravilhava qualquer ouvido, sua beleza era incomum a qualquer pássaro, e seu cantar trazia uma sensação de paz aos ouvidos daqueles que podiam ouvir seu canto. Um dia aquele lindo pássaro foi encontrado por uma criança, ele agora estava ferido. Uma de suas asas encontrava-se ferida, machucada por um tiro. A criança querendo protegê-lo o pega em suas mãos para que possa ser curado. E com todo amor, cuida, leva a um profissional e um dia aquela asa sara e o pássaro agora precisa voar. O menino percebe que não pode mais ficar com aquele pássaro na gaiola, ou estaria fazendo o animal sofrer. Pensa: – Ele não nasceu pra ficar engaiolado numa prisão, preso. Seu coração doía, mas numa atitude de desprendimento, compaixão e amor, resolve que precisa soltar aquele lindo e fascinante pássaro. Eles já tinham estabelecido um vínculo, o pássaro cantava para ele e batia as asas como se dissesse: – Preciso voar. Aquele menino sabia que aquele sentimento que nutria pelo pássaro era grande e que iria sentir sua falta. Mas era consciente de que a liberdade era o melhor que poderia fazer para demonstrar aquele amor entre um menino e um pássaro. O amor dos dois do menino e do pássaro permanecerá. Cada vez que o pássaro “lembrar” que foi o menino que o libertou e lhe deu oportunidade para alçar vôo e ser feliz de verdade. Para isso o menino teve que ter o desprendimento de não pensar nele somente amar de verdade para libertar aquele pequeno animal. Precisamos ser assim, desta forma seremos felizes e deixaremos os outros serem felizes. Precisamos de desprendimento e coragem para libertar o pássaro. Assim o menino agiu, chegou bem perto da gaiola olhou bem dentro dos olhos do pássaro, e disse: – Esse tempo todo te deixei aqui dentro desta gaiola, mas sei que você necessita partir. O menino abriu à gaiola, o pássaro parou na porta por um instante, olhou o menino, cantou como se dissesse seu último adeus; e então batendo as asas deu seu vôo de liberdade. Quantas vezes em nossas vidas temos a coragem de libertar?