A Realidade do Conto Que não é de Fada Lia de Sà Leitão - 13/04/2010

Tenho escrito muita coisa, umas interessantes, outras sem muitos atrativos, mas tenho produzido, isso que importa! Os textos que considero bacanas nem sempre são os mais lidos, vá entender o gosto do público leitor. Chego a ficar sem saber o que devo escrever. Essa situação dá uma tristeza na alma. Não desisto! Sempre espero, um pouco mais de tempo e aquela leituras que tenho como as intocáveis da Escrivaninha se arrastam como minhocas em dias de chuva. ( Nunca vi uma minhoca em dias de chuva, mas valeu a metáfora deve ficar enrroladinha e quieta).

Pois, faz poucos dias que fiquei no orkurt com um amigo das antigas, ( quem diria que chegariamos a um bate papo virtual), papo pra cá e orkut pra lá, ele também escritor. Quanta revolta com as leituras de diversos blogs, inclusive o dele, o pouco interesse. O caso é: as pessoas pouco lem a Literatura, a Arte do belo, o devaneio da alma, muitos se prestam nas pornografias literárias, desvirtuando até mesmo o escritor.

Mas desvirtuando de que forma? Cada um tem uma linha, um recorte, uma inluência, como a pornografia pode influenciar numa escrita? Simples caros leitores... muito simples! Depois que o meu amigo me despertou para o gênero da pornografia e o volume de leituras, quem não almeja ser lido e relido e mais lido? Todo aquele que escreve.

Fiz um teste e continuarei seguindo a linha.

Pensei! Não vou optar pela pornografia porque não sei escrever dessa forma, mas me servirei de uma tendência erótico sensual, sensual, ou... bizarra, ou de anarquia literária.

Defino anarquia literária quando o autor mexe com a atenção do leitor e depois dá um desfecho inusitado ao seu enredo.

A verdade é que não sei escrever pornografia, não sei contar piadas e muito menos descrever uma cena fantasiosa de sexo explícito, tenho dessas coisas, acho mais divertido e orgastico descobrir filminhos a dois nos coxichos, passo a passo, dia a dia, só assim tudo é duradouro, um chocolate trocado num beijo, esquecer a toalha de banho no estendedor e pedir ao outro que a traga no banheiro, uma escova de dente trocando bactérias de tão juntinhas, coisas assim, uma calcinha nova pendurada no box do banheiro todo dia tem que ter renovação das idéias para chamar a atenção do outro, até uma comidinha de panela com ingredientes mais sofisticados que o trivial arroz e feijão, uma sequencia de descoberta, as emoções, um toque, um olhar, um gesto, um carinho, até o beijinho diferente no cantinho da boca com os olhos abertos na TV para não perder a reportagem é uma sensação que pode ser somada, mas essas coisas de já que está detro deixa´! Sinto-me meio constrangida porque não vejo arte na liberação da libido sem preâmbulos, sem segredos, apenas a carne e mais nada!

Retomando o assunto. Depois de aguns minutos de troca de informações com o meu amigo escritor, resolvi escrever algo sobre o assunto e publicar aqui no Recanto.

Pensei em vários títulos, nenhum me dava intenção de ser o que eu queria de vero vero, até que a história foi descambando para uma realidade, os fatos são verídicos, e deixei o título de bizarro ao mau humor ( o que é um limiar! ) GARANHÃO TRAIDO - O ENFARTE.

Os senhores leitores acreditam que em menos de meia hora muito mais gente leu esse texto que outros escritos e postados há dois meses?

É a pura verdade!

Estou disposta a continuar o resgate das histórias daqui do Paraná as agora vou colocar nos textos uma pitada de sensualidade, o mais interessante que serão histórias bem assombradas, porque as mal assombradas são as que escrevemos nas melhores intenções de resgate da cultura oral. O assombramento será erótico, estou rindo imaginando uma alma leviana levantando o lençõl para mostrar o que seria as partes intimas para uma utra alma, mas se alma não tem sexo como configuraria o erotismo?

Estou vendo que não adianta releituras a dos contos tradicionais, exegeses de obras clássicas machadianas, o importante é olhar os olhos de sedução de Capitu e aceitá-la como uma baita sedutora, hoje eu acredito que sim, mas já defendi Capitu a fogo e ferro! Lançava sobre Bentinho o olhar da mulher sufocada pelo ciume doentiu da paixão, Capitu nunca podia tomar o corpo da sedutora silenciosa, da come quieta, daquela que passa pezinho por entre as pernas do seduzido. Hoje tenho uma visão diferente. A descoberta da tendência solitária que impõe aos homens ( espécie ) é mais insinuante e satisfatória ao sexo que a felicidade de um momento.

Aonde foram para aqueles momentos de ternura, pegar na mão, sair chutando pedrinhas pelo calçadão ( hoje é preciso cuidado por causa dos assaltos bem sei, mas sempre existe uma hora amena, aquela que até os bandidos descansam e sonham sonhos de amor), sair e tomar sorvete italiano na maquininha da esquina por um real.

As pracinhas de final de tarde! Qual o público hoje das pracinhas, o pessoal jovem do remeleixon, dos surfistas de asfalto, dos fumadores de craque, o que fizeram das pracinhas os punheteiros de plantão ( desculpem o termo xulo).

Há tempos, não dava asco sentar nos banquinhos para rir das crianças aprendendo a correr de bicicleta, ou dos que tropeçavam nas próprias pernas empinando pipas.

O homem que vendia balas, doces, algodão doce, nem imaginava que um dia bala seria sinônimo de drogas química, doce o ácido, algodão doce o melado axixe e craque, olha que a nomenclatura mudou muito, e aquelas crianças, que consumiam pirulitos de mel, pipocas e sorvetes de casquinhas caseiras feitos no qital de casa, nada existe mais.

Tudo o que aquele homem vendia, só se sabia que era droga para os dentinhos e felicidade dos dentistas.

Será que aquelas crianças hoje também consomem as drogas?

Fiquei sabendo outro dia que manga rosa era maconha das boas vinda do Nordeste brasileiro diferente da prensadinha paraguaia, e soube dessa informação por alunos com idade de ainda tomar mamadeira. Fiquei incrivemente espantada e um outro menino falou rindo, ah! Prof. deixe de bobagem aqui a gente já nasce num cigarrinho de palha, e eu pensei é no cigarrinho do capeta... mas querem saber? Sem apologia alguma a canabis,hoje dou um ponto positivo a canabis, embora não goste do cheiro, pois me deixa bebada de enjoos até a alma.

Observando os maconheiros de plantão da Faculdade e dos baresinhos próximos ao meu apartamento no sítio da Universidade, vejo que as reações são similares, eles estão diariamente mais tranquilos, mais zem juizo para compromissos sérios, zem noção de perigo, zem pressa, a calma e a modorra tomam conta do universo como se freasse o tempo e desligasse o relógio dos astros.

Não vejo nenhum desses zem tempo infelizes, maldosos ou malvados, dividem entre si, são democráticos e a agressividade é uma ação ou reação inexistente no meio.

O respeito do zem demora em relação a outra pessoa que não curte ou critica o jeito zem frescura é bem diferente, geralmente eles calam, escutam e mantém uma posição freudiana de análise, a pessoa sai do ambiente e nenhum comentário alé do convencional: que babaca! ( Mas esse comentário é sempre uma recíproca, entre o sim e o não ).

A única coisa que irrita nos zem doideira insistência de alguns assuntos ultra passados que vem á tona como ultra modernos. É a Lei da Mais Valia, o comunismo revolucionário e coca cola, claro o sistema opressor do imperialismo, mas todos usam nike, bebem coca cola e ouvem rock pauleira. O papo rola e termina em proletáriado, Marx, Guevara e vodka Smirnoff ( são estudantes lembrem-se! ) e coca cola. Cigarro natureba, Raul Seixas e Janis Joplin nas alturas. a velha e única premissa, droga, sexo e rock in roll.

Retornando a idéia do texto, o público leitor de contos pornográficos, na verdade nem sabem ao certo distinguir o erótico do sensual e do pornográfico porque na realidade quase tudo cai na sacanagem.

A grande diferença entre os públicos reside nas visões de mundo: os rotulados como zem jeito social não está nem ai para cor da zebra, eles não fazem mais sexo eles curtem o amor.

Isso é lindo, real, fazer amor, construir amor, a sedução parte do olhar zem, do beijo zem preconceitos e da harmonia dos astros.

O público da literatura pornográfica geralmente é bem comportado, mal fala em sexo na frente de estranhos, jamais olha uma puta ou garota de programa a qualquer hora do dia, tudo é bem escondidinho, mal assumido, a pornografia é pior que a droga. A pornografia é o segredo dos insatisfeitos, é o alimento dos fetiches que a sociedade repudia, é o agravante dos olhares que desnudam as pessoas.

Os pornográficos não tem distinção nem de belo nem de feio, para tudo tem um jeito de meter, de fuder, de comer.

A pornografia (dos sãos) é objetiva, pau dentro, meter, cacete, a perereca deixou de ser borboleta e assume a versão mais crua de bUceta ( pelo menos que fosse boceta que é uma bolsa para pequenos objetos).

Ninguém mais se toca, se acaricia, é a praga da punheta, e ninguém nem imagina que punheta é articular os punhos em movimentos circulatórios, ao invés de punheta podiam falar manheta, palmeta, dedeiros...( ops! nem vou falar dos dedeiros esse é feio mesmo, pior é cheirar, lavar e cheirar até parece que o ato ainda recente e recende).

Bom voltando a punheta que o nome está meio equivocado porque na verdade o instrumentode fricção no órgão não é o punho e sim a palma da mão, os dedos, esse causo daria uma tese..

Por incrível que pareça já vi meninas moças, colegiais dessas que está doidinha para criar asas, mas nem bebem energético e sem a menor vocação para fadinhas, podem até chegar ao estágio de safadinhas. A maioria das meninas falam abertamente que se tocam com a mão trocada, de preferencia a esquerda para curtirem a sensação mais erótica idealizando sensações iguais ou parecidas com outras mãos. Dizem que os toques com a mão direita e a mão esquerda na genitália são diferentes, basta criar a situação, haja imaginação!

Fiquei olhando, sem fala, sem fala não porque a revelação me assustou ou sou moralista ou falsa moralista, mas imaginei o quanto essas moçoilas podiam invesir num futuro promissor estudando, deixando o tempo das bobices no tempo das bobices.

Ah! meu sonho ver essas cabecinhas, maquninhas de tolices acertarem uma redação no vestibular.

É, e tem quem repita se achando mais necessitado ainda exalte: PRIMEIRO O PÃO E DEPOIS A REVOLUÇÃO.

Caríssimos, agora darei uma paradinha de explicar o novo procedimento das minhas escrEvinhanças, se a nomenclatura muda porque não crio um neologismo?

Pois, minhas escrevinhaduras, escritas com arranhaduras, em breve serão publicadas com uma dose bem gostosa de sensualismo, quiçá me empolgo e dê um tom erótico, se a senvergonhice ultrapassar meus limites de decência quiçá não estarei também escrevendo pornografia?

Mas de uma coisa tenho certeza, todos os escritores pornográficos, depois os eróticos, e mais depois ainda os sensuais venderam mais livros do que qualquer literatura de auto ajuda, tenho uma amiga que sempre me diz, Lia, a auto ajuda é morrer sozinho debaixo das cobertas em noites de frio.

Não acredito que a felicidade esteja em cinco dedos e na palma da mão, a felicidade é muito mais que uma trepada, a felicidade é orgástica.

Serei sincera! Apesar da pouca competência para contos sensuais, eróticos ou pornográficos, se eu recebesse uma encomenda de algum empresário ricaço, que depositasse em minha conta bancária uma bela grana que me livrasse do sentimento de culpa, porque doaria uma parte para a Santa Madre Igreja ( fui criada lá dentro é isso, a velha religião Ocidental Cristã impõe suas regras e nós atendemos por mais cabeça abertas que tenhamos e a face a face como pecado, nada que um dinheirinho ao Santo de devoção não ajude para a salvação da alma. )

Pois eu seria uma Anäis Nim, retomaria um velho heterônimo para não ser identificada de cara que Prof. Lia é escritora de tais contos, posso ser maluca mas não dou chances aos preconceito moralista, velado, e aparentemente incorruptível dos homens de bem.

Lembraria fatos inusutados da vida que fui cohecendo entre uma conversa e outra, e escreveria contos e contos sensuais e até um pouco picantes. Mas teria que ser muito bem paga! CANAL LIVRE... TENHO E-MAIL e DÍVIDAS, MENOS QUE O BANCO MUNDIAL MAS DISPONÍVEL PARA NEGOCIAR CONTOS SENSUAIS. SLOGAN DA PRODUTORA! Enquanto o energético dá asas a sua imaginação os contos fazem vc viver a sua imaginação, na internet, no banheiro, nas nuvens!

UFA! É triste quando não se pode fechar um texto como um tsuname, tem-se que ser suave como a marola mas nunca deixar de provocar um reboliço nas águas da imaginação.

A questão é, se escrevo contos sensuais por valores expressivos para algum empresário que tenha fetiches literários estou caindo na malha dos contistas eróticos, sensuais ou pornográficos? Ou serei eu a escritora de historinhas infantis, contos bem assombrados e resgate culturais mais uma a se envolver com a solidão do ar no outro lado das paredes?

Veremos no que vai dar a proposta de negociar contos sensuais para empresários.

Caros leitores não fiquem curiosos, claro guardarei segredo absoluto pois quem contrata os contos não quer ser revelado, mas eu serei verdadeira e direi...GENTE DO CÉU ENCONTREI UM MECENAS EM PELO TERCEIRO MILÊNIO.

Lia Lúcia de Sá Leitão
Enviado por Lia Lúcia de Sá Leitão em 13/04/2010
Reeditado em 13/04/2010
Código do texto: T2193935
Classificação de conteúdo: seguro
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