"O SUSTO DO FARMACÊUTICO" Conto de: Flávio Cavalcante
O susto do Farmacêutico
Conto de:
Flávio Cavalcante
Douglas era um farmacêutico de uma pequena cidade de interior de uma capital do nordeste brasileiro. Por ser uma cidade pequena e desprovida das benévoles tecnológicas, ainda se preserva o jeitinho antigo de os vizinho se cumprimentarem e colocar cadeiras nas calçadas para jogar conversa fora. Todos se conhecem e chama cada um pelo nome como uma família mesmo.
Douglas era aparentemente uma pessoa normal sem problemas nenhum. Sujeito que cumpria com a sua responsabilidade como qualquer pessoa. De repente, a notícia mais comentada da cidade; era exatamente, que o Douglas havia cometido suicídio. Tomou veneno e o encontraram morto em seu estabelecimento comercial. A Cidade inteira comentou sobre o assunto, que não se falava em outra coisa; pois um acontecimento desse era raro naquele lugar que o povo respirava paz e tranqüilidade, principalmente vindo de uma pessoa que aparentemente não apresentava distúrbio algum.
Douglas era muito família vivia pra mulher e filhos, trabalhava incansavelmente em seu estabelecimento para dar um melhor conforto para os seus. Além de ser uma ser humano exemplar. Adorava ajudar o próximo e todos da cidade o admiravam pelos seus atos caridade que não deixa dec prestar como uma obrigação de fazer o bem.
Até hoje não se sabe o motivo de Douglas ter cometido essa atrocidade a si próprio. Suspeitaram na época de assassinato; outros comentaram ter sido assalto. Até um brincalhão da cidade em tom de comédia falou “SÓ SE O SUSPEITO É UM DE NÓS” No final somente ele riu.
O tempo passou e já era por volta de quatro meses do acontecido. Como é natural, o povo tem memória curta e os acontecimentos por mais terríveis que venham acontecer vai se dissipando da memória da população. Chegou um ano da morte de Douglas e a farmácia continuava funcionando pelos filhos e a mulher.
O barbeiro, conhecido na cidade por Zezé, morava perto da prefeitura; e se estabelecia em sua residência. Segundo ele mesmo disse que um certo dia de segunda feira acordou com um mal-estar terrível devido a umas doses de cachaça a mais que havia degustado no dia anterior e resolveu passar na farmácia de Douglas para comprar algum remédio para curar aquela ressaca. Ao se aproximar do estabelecimento do colega. Aproximou-se do balcão e viu Douglas de costas arrumando a farmácia; o barbeiro não acreditou ao vê-lo, deu grito aterrorizante e caiu, com o susto e sem fala.
Segundo alguns anarquistas da cidade espalharam histórias causando gargalhadas em todo lugar, dizendo que com o grito do barbeiro o fantasma do farmacêutico desabou de cima da prateleira também do susto que o Zezé pregou.
Fato engraçado para todos, menos para o Zezé que retrucou “NÃO É FÁCIL VER UMA PESSOA QUE A GENTE SABE QUE JÁ MORREU” e principalmente para o coitado do fantasma que não esperava aquela reação do barbeiro.
Essa história foi um fato e faz parte dos contos de São José da Laje em Alagoas. Segundo comentário do povo lajense, o seu Zezé, viu muitas vezes o Douglas na farmácia e foi se acostumando com o que via.
- FIM -