E assim, certa noite aconteceu. Eu tinha saido de casa e fora de encontro a alguns amigos, quando de repente algo me chamou a atenção, era uma moça bem bonita, com ar de quem procurava anciosamente encontrar algo que por suposto lhes satisfizesse, que talvez a completasse por alguns momentos.
Mas como quem nada quer tentei aproximar-me dela sem ao menos suspeitar do que vinhesse me acontecer. E nisto ao aproximar-me mais dela, tive a leve impressão que a mesma se distanciava, e que em dado momento, ela mesma olhara pra mim, e assim vi algo que me ofuscava a visão. Então, sem muito exigir de mim, aproximei-me mais dela; e ela novamente se distanciava, mas me dava a entender que ela olhava para trás, como quem me chamasse.
Não meci esforços, fui de encontro aquela jovem, quando de repente sem nem mesmo eu supor o que teria passado por mim, ela simplesmente da minha frente desapareceu, como se fosse num passe de mágica, que o melhor ilusionista fizera. Já meio chateado, por não ter tido de repente algo naquela noite com ela, ela desapareceu, e só mais tarde percebi que tivera tirado a sorte grande na loto, só por não ter embarcado naquela canoa furada.
Pois aquele anjo da noite, ou quem sabe, se tornara uma destas lendas urbanas, Ela aprontara comigo, desaparecendo, escafedendo-se de um momento para o outro, e deixava dentre muitos, um pequeno rastro de culpa por não ter tido com ela nenhuma relação, se tanto esta parecia estar anciosa para fazer sexo comigo.
Porém, também entendi que ela tampouco soubera quem era eu, e que decerto aquele que dá amor, recebe amor, e é por si compreendido. Porque somente à noite pelo tanto que presencia é quem realmente nos conhece.