O selo de Bast
-Parte 1 ... Prólogo -
Num mundo onde a magia permeava cada ação inexplicada, os animais eram considerados moradas divinas.
Cada lar que tivesse um gato era considerado um lar abençoado e protegido das pragas, devido a habilidade lendária do gato de caçar roedores.
Em honra à Bast, a deusa metade mulher metade gato, foram erguidos centenas de templos, e junto aos outros deuses que também eram metade homem metade animal, cada deus tinha uma forma diferente.
De acordo com as lendas e crenças, estes animais vieram à terra com o propósito de representarem seus deuses e cumprir as funções designadas por eles: manter a ordem e a união entre os povos.
Durante séculos foi assim no Egito. Até a vinda de um faraó chamado Aquenaton.
O faraó tentou destituir todos os deuses do Egito de suas reais importâncias, transformando Aton como único Deus.
Muitos dos templos foram destruídos e suas sacerdotizas proibidas de culturar seus deuses, o que causou uma grande revolução e uma revolta da sociedade sarcedotal egípcia. Finalmente, depois de 18 anos de reinado, o faraó morre e seu nome foi apagado e desacreditado, tratado como um herege.
A forma antiga de cultuar os deuses foi restaurada, porém eles haviam sido por muito tempo negligenciados e começaram a se manifestar de outras formas.
Os animais que os representavam passaram a possuir uma centelha de sua divindade. Foram assim com os falcões, com os chacais, com os leões com os gatos e com todos os outros animais que representavam algum deus no Egito.
Com a queda do Egito e a tomada romana, estes animais se espalharam pelo mundo como troféus, animais domesticados e simples caça. Em outros países se adaptaram, alguns se emudeceram para sempre e tornaram-se simples animais irracionais novamente. Outros, não esqueceram sua herança e sua missão.
Mais de 2000 anos se passaram desde então.
Alguns gatos que descendem desta linhagem de Bast e mantiveram-se fiéis aos seus propósitos, guardam em segredo a inteligencia e a capacidade de se transformar em humanos em casos de extrema necessidade.
A única forma deles se idenficarem era por um desenho na íris de cada gato, pontos de tonalidade diferente ao da íris formando um triângulo, ao qual eles chamavam de O Selo de Bast.
Assim eles aprenderam a se reconhecer e a se reunir.
Passaram-se centas e milhares de anos desde então, e os gatos se espalharam pelo mundo. Levando aquele segredo com eles.
Por isso os gatos até hoje são impossíveis de serem totalmente domesticados.
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Milhares de anos depois ainda existem gatos como estes perambulando por aí, e em breve eu vou contar a estória de um deles. Aguarde o proximo conto.
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