HISTORINHA

Era uma vez, alguém, na alvorada de uma década! Pseudo-socialista, dizendo-se comunista e talvez anarco-niilista, ou de fato, porra-nenhuma, alienado e peleguista.

Acreditava ser parte de uma vanguarda revolucionária! Ainda hoje, existem dissidências imbecis – difícil de acreditar! Socialista, sobretudo, nem tão chato quanto essas aberrações, ainda peregrinas por aí.

Nem tão porcos como os que governam o país. Nos tempos da "militância", adorava comparecer às reuniões, plenárias, pois a bebida era grátis; além das lindas mulheres; tinha Arrigo Barnabé; shows de rock e até rolava de graça uma “caneta prensada”, com sorte, de algum “militante” emergido entre os moshs, rodas e discursos segmentados - 'Panis et circenses'?

Um dia, percebeu que desejavam forçar-lhe um buçal entre os dentes, colocar uma cela em suas costas e tentaram ainda fazê-lo engolir de quase engasgar-se, um rádio de pilhas com palavras de ordens doutrinárias.

Deu no pinote, principalmente depois de tomar conhecimento daquele comuna francês, e a bem da verdade, estruturalista coberto de máscaras dogmáticas - Louis Althusser -, o qual num surto psicótico, estrangulou sua mulher. Não duvido ter sido desencadeado, o lapso, por conta da morte do Marechal Tito - saudoso ditador da “rebelde” da Iuguslávia, para os que ainda regurgitam ao lembrar das crianças psicoyuppies, cantando livres entre os muros (1).

Hoje, ao lhe atravessarem palavras, expressões bonitaças e lias ideias à alma, escreve poesias, cisma-se em leituras anacrônicas, pós-estruturalistas.

A década levou consigo às utopias, o romantismo e as festas pagãs da esquerda festiva.

*”AGRADEÇO TANTO / AGRADEÇO POR VOCÊ / NÃO SER DO JEITO QUE EU SOU” (Ângela Rô Rô)

Nota:

1- Alusão à música de Taiguara, cujo título “Que as crianças cantem livres”. (http://www.youtube.com/watch?v=wrWSACrF7hE)