ILUSIONISMO E INVERSÃO DE PAPÉIS
Os homens criam as cobras. Pegam uma ursinha fofinha, fazem carinho, prometem, conseguem e metem. Ao acordar não sabem como você foi parar lá. Estavam embriagados mas não seria de amor. Seria apenas mais um happy hour. Enquanto isso a fofinha já mudou sua agenda, agora ela teria que ter um tempo pra dar o carinho a ele, já que ele disse que precisava tanto e tanto e tanto... Provavelmente ela seria mesmo diferente de todas as outras, conforme ele lhe dissera. Mas o que será que ela teria de diferente? Isso não importava agora pois ela teria a vida inteira a seu lado pra descobrir.
Aí ele acorda de novo já que parecia distraído e preocupado com algo. Ela pergunta o que foi. Ele fala que tem um compromisso de trabalho e precisa ir. Ela fica meio magoada mas afinal ele é um homem muito importante e não convém atrapalhá-lo. No caminho ele não esboça palavra. Dá um beijo rápido no seu rosto e quando ela desce do carro ele sai cantando pneu.
Credo! Que grossura!, ela pensa. Mas afinal valeu apena pela linda noite de amor que tiveram.
Ela espera, reservou horário pra ele. Ele não liga, conforme prometera. Depois teve que viajar, estaria atolado de trabalho. Tudo pensando no futuro dos dois.
E ela fica abatida, desacreditada. Mais um que me enrolou. E foi.
A ursinha com o tempo, por tantas idas e vindas fica lisa, perde as plumas e vira cobra. E cobra. Cuidado com a cobra! Cobra peçonhenta, lânguida, espera pra dar o bote mas não troca de pele. Mantêm-se emplumada e ele nem percebe. Um dia encontram-se, por esses acasos da vida.
Olá, como vai você? Quanto tempo, hein? Nossa! Você está mais linda ainda do que a primeira vez que nos vimos. Ela sente: outro happy hour. Regurgita o veneno mas ele nunca percebe. Ele diz que tem tempo e pergunta se ela gostaria de reviver tão doces momentos. Ela aceita, estava de folga, era um momento que ela já tinha reservado pra ele. A agenda, lembra? Pois bem, vão ao destino de mãos dadas. Lá, mais uma tórrida noite de amor. A segunda vez é sempre mais equilibrada. E ele dorme como um anjo. E a cobra, ouriçada. Olhos hipnóticos, cachoalhando o guizo, agora é a hora. Ele não esperava por isso mas é agora que ele me paga. Pega o brinquedinho, apruma-se em cima do homem e dá-lhe uma picada. Ele pula, ela continua dura. Que foi? Não esperava a picadura? Ela se vinga enfiando-lhe safada imaginando desmoralizar o cara. Ela o entala mas ele se cala e relaxa.
Supresa!!! Era isso que ele adorava. Nunca mais deixou que ela fosse embora. Ele gostava de cobra, a cobra que contruíra, sem querer, num happy hour de um dia qualquer, num dia daqueles em que ele não tinha coisa melhor pra fazer do que bajular uma mulher.
Era tido pelos amigos como um Don Juan mas só uma cobra conheceria seus mistérios.
Os homens criam as cobras. Pegam uma ursinha fofinha, fazem carinho, prometem, conseguem e metem. Ao acordar não sabem como você foi parar lá. Estavam embriagados mas não seria de amor. Seria apenas mais um happy hour. Enquanto isso a fofinha já mudou sua agenda, agora ela teria que ter um tempo pra dar o carinho a ele, já que ele disse que precisava tanto e tanto e tanto... Provavelmente ela seria mesmo diferente de todas as outras, conforme ele lhe dissera. Mas o que será que ela teria de diferente? Isso não importava agora pois ela teria a vida inteira a seu lado pra descobrir.
Aí ele acorda de novo já que parecia distraído e preocupado com algo. Ela pergunta o que foi. Ele fala que tem um compromisso de trabalho e precisa ir. Ela fica meio magoada mas afinal ele é um homem muito importante e não convém atrapalhá-lo. No caminho ele não esboça palavra. Dá um beijo rápido no seu rosto e quando ela desce do carro ele sai cantando pneu.
Credo! Que grossura!, ela pensa. Mas afinal valeu apena pela linda noite de amor que tiveram.
Ela espera, reservou horário pra ele. Ele não liga, conforme prometera. Depois teve que viajar, estaria atolado de trabalho. Tudo pensando no futuro dos dois.
E ela fica abatida, desacreditada. Mais um que me enrolou. E foi.
A ursinha com o tempo, por tantas idas e vindas fica lisa, perde as plumas e vira cobra. E cobra. Cuidado com a cobra! Cobra peçonhenta, lânguida, espera pra dar o bote mas não troca de pele. Mantêm-se emplumada e ele nem percebe. Um dia encontram-se, por esses acasos da vida.
Olá, como vai você? Quanto tempo, hein? Nossa! Você está mais linda ainda do que a primeira vez que nos vimos. Ela sente: outro happy hour. Regurgita o veneno mas ele nunca percebe. Ele diz que tem tempo e pergunta se ela gostaria de reviver tão doces momentos. Ela aceita, estava de folga, era um momento que ela já tinha reservado pra ele. A agenda, lembra? Pois bem, vão ao destino de mãos dadas. Lá, mais uma tórrida noite de amor. A segunda vez é sempre mais equilibrada. E ele dorme como um anjo. E a cobra, ouriçada. Olhos hipnóticos, cachoalhando o guizo, agora é a hora. Ele não esperava por isso mas é agora que ele me paga. Pega o brinquedinho, apruma-se em cima do homem e dá-lhe uma picada. Ele pula, ela continua dura. Que foi? Não esperava a picadura? Ela se vinga enfiando-lhe safada imaginando desmoralizar o cara. Ela o entala mas ele se cala e relaxa.
Supresa!!! Era isso que ele adorava. Nunca mais deixou que ela fosse embora. Ele gostava de cobra, a cobra que contruíra, sem querer, num happy hour de um dia qualquer, num dia daqueles em que ele não tinha coisa melhor pra fazer do que bajular uma mulher.
Era tido pelos amigos como um Don Juan mas só uma cobra conheceria seus mistérios.