O fardo de Cronos

Sentado naquele banco em meio a natureza, após o seu breve almoço, acabou se dando conta de como era importante a digestão de suas idéias. O trabalho frenético, quase incessante tinha “burrocratizado” sua filosofia de vida. Sua criatividade outrora andava a mil maravilhas e agora estava na primeira marcha.

O bombardeio de informações recebido diariamente por todos os vetores da sociedade o deixava confuso e sem rumo. Refletindo e indagando… Pensou consigo mesmo, qual o sentido de tudo isso? Estão me robotizando, estão assassinando meu potencial! Estou virando um produto!

Tudo é para ontem, apressadamente, sem poder organizar e estruturar os devaneios mais básicos. A repetição, as cobranças e o cansaço… Todo aquele mecanismo estava aprisionando sua essência. Sua ideologia não colocava comida na mesa.

Precisava de tempo, mais tempo não foi dado, tempo é dinheiro e o resto é resto… Logo o sinal da fábrica gritou o chamando de volta para sua dura realidade.