Tempo... Tempo... Tempo...

Tempo...tempo...tempo

O tempo não passa

Somos nós quem passamos

Mas como viver sem este precioso lenitivo?

Tempo para cair e esquecer

Tempo para sofrer e reviver

Tempo para analisar e planejar

Tempo para acordar e sonhar novamente

Nossas vitórias, nós as conquistamos

Nossas dúvidas, nós as solucionamos

Nossos mitos, nós os desfazemos

Nossas dores, nós as superamos

E o que fazer ? para onde seguir?

Quando te encontrei, me perdi

Tentei transpor o inatingível

Tentei explicar o inexplicável

Lutar contra o insuperável

Fugir ao inevitável

E foi violento, tempestuoso

Fui levado pela inércia dos sentidos

O passado foi a pique

Afundando lentamente nas águas escuras

Tornando-se difuso até sumir por completo

Minha Eva volta a ser costela

E a vida volta a ter o brilho opaco

Dos dias iguais.

Almeida Ricá
Enviado por Almeida Ricá em 25/02/2010
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