Devaneios sobre a infelicidade

Ela queria encontrar uma pessoa que a fizesse feliz... Apenas isso. Fiquei pensando a esse respeito. O que seria a felicidade? Podemos começar com um exemplo prático que nos leva a uma cadeia de fatos interligados. Um cego que nunca viu a luz, não precisa dela para viver. Para ele as coisas se resumem em cheiro, toque, sensação. Ele vive feliz e talvez anseie a curiosidade de ver o mundo como as outras pessoas o vêem, mas seu mundo por excelência é completo.

Uma pessoa que ao menos uma vez pôde enxergar, mas por fatalidade veio a perder a visão anseia enxerga assim como anseia respirar. Com o tempo ela se acostuma com a escuridão e passa a conhecer as coisas por outro lado e talvez assim descubra um novo sentido em viver e seja feliz. Mas jamais completa como a que nunca na vida enxergou.

Então assim podemos dizer que quem nunca amou de verdade, é feliz. Conhece o Amor através de uma visão tateada do sentimento, entretanto nada tão avassalador que o incomode em nunca ter amado. Contudo aquele que já provou do amor VERDADEIRO, e o perdeu por algum motivo jamais será completo. Nenhuma outra forma de amar o fará sentir-se bem, pois jamais esse amor será pleno. Poderá encontrar outra pessoa com a qual construirá um sentimento muito parecido, mas o vazio deixado pelo ser amado que se foi jamais será preenchido.

Então a infelicidade é própria de quem já amou e não foi amado, um sentença ? Um tanto paradoxal, assim como a vida. Mas cada um que tire suas próprias conclusões. O vazio estará lá!

Sah
Enviado por Sah em 22/02/2010
Código do texto: T2101886
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