RELEITURA - A RAPOSA E AS UVAS – Lia Lúcia de Sá Leitão – 20 de fevereiro de 2010.
Os amigos leitores estão se perguntando, mas o que deu no juízo da escritora para estar assim vivenciando esses momentos de escrita e dizendo ser uma releitura?
Os doutores amigos, se riem da coragem da autora dessas releituras, em sua maioria estão presos a academia e não podem ou não devem ferir as normas reacionárias das teorias.
Os amigos doutores, devem se coçar quando leem algo sem pé nem cabeça e ela em suas fartas gargalhadas assume, não estou presa aos princípios científicos, sou povo, sou gente, leitora por mero atributo do ensino tecnológico e escrevinhadora porque me ensinaram a tecnologia das letrinhas.
A escritora sempre diz: não tem nada que aprisione minhas idéias elas são livres e o Tribunal de Assuntos (Crimes ) Imaginários, como disse Machado de Assis não existe, que bom! Isso me diverte, ninguém sabe o que sai nas entrelinhas e quando desconfia assina embaixo e dá nota dez.
Qual o motivo que levará a autora à glória, a academia pelo status ou um público que se diverte com o cotidiano projetado na escrita. Um público leitor fiel ou a infidelidade da crítica?
Pois bem, que os outros pendurem seus canudos nas paredes, debulhem seus saberes pelos corredores das Faculdades, enquanto isso, a lembrança da fogueira na noite de frio quando faltou papel na pracinha em frente a Igreja dos Milagres, no carro, a pasta cheiinha de títulos conquistados pelo mundo de meu Deus. A idéia, se não tem papel comum alimenta o calor com títulos, mais vale aquecer o poema dos olhos que um triste pedaço de papel na pasta mofando para ganhar no final o mês 50 reais a mais.