A ROSA E O ROUXINOL
Guida Linhares
Todos os dias o rouxinol vinha pousar no galho da roseira e ficava ansioso cada vez que via surgir um botão de rosa e sabia que logo a beleza de suas pétalas desabrochariam aos raios de sol.
Já estava acostumado com aquela visita diária, mas apesar de todo o seu empenho, percebia que as rosas não cantavam, apenas mostravam a sua exuberância e a maciez de suas pétalas.
Sim, o perfume era doce e o rouxinol podia senti-lo em toda a sua magia, alegrando seu coração de passarinho.
Era um rouxinol bem jovem, ainda buscando a sua identidade, recém saido da adolescência e já percorrendo o mundo adulto, cheio de sonhos de felicidade.
Era idealista e questionava o lugar em que vivia. Porque tantas guerras, tanta injustiça, tanta impunidade?
Porque o mundo não poderia ser de paz, amor e igualdade?
Assim com estes pensamentos sem respostas, numa linda tarde de maio, o rouxinol chegou no galho da roseira e ficou olhando um botão cor de rosa, que há dias não se abria.
Ficou bem pertinho dele, com olhos de muito amor e seu coração de rouxinol perguntou:
- Lindo botão, porque permaneces fechado e não abres as tuas pétalas?
Para espanto do rouxinol, ele ouviu uma fina vóz dizendo:
- Meu amiguinho, escuto todos os teus pensamentos, quando chegas aqui com a nobreza do teu coração e vejo que andas preocupado com o mundo em que vivemos...sou do mundo das flores e tu és do mundo dos passarinhos, mas o mundo é um só e nele também vivem os humanos.
Somos todos reféns deste mundo e o unico jeito de lidarmos com ele, se faz através do amor compartilhado.
Se eu receber de você um canto amoroso, abrirei minhas pétalas e teus olhos irão se encantar com a minha beleza, e ambos partilharemos de momentos de felicidade.
A tua presença me é necessária, assim como eu posso ser o teu espelho, e nele te encontrarás a ti próprio..então cante pra mim...
O rouxinol empolou o peito e de seu coração sairam os mais lindos gorjeios. A rosa foi abrindo as suas pétalas vagarosamente, ao som daquele melodia enternecedora.
E naquele momento a paz se fez no mundo, porque um rouxinol e uma rosa, através de um terno diálogo, se doaram mutuamente, e a natureza agradecida ganhou matizes mais encantadores, naquela tarde inesquecível.
Santos/SP/Brasil
17/06/08
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Guida Linhares
Todos os dias o rouxinol vinha pousar no galho da roseira e ficava ansioso cada vez que via surgir um botão de rosa e sabia que logo a beleza de suas pétalas desabrochariam aos raios de sol.
Já estava acostumado com aquela visita diária, mas apesar de todo o seu empenho, percebia que as rosas não cantavam, apenas mostravam a sua exuberância e a maciez de suas pétalas.
Sim, o perfume era doce e o rouxinol podia senti-lo em toda a sua magia, alegrando seu coração de passarinho.
Era um rouxinol bem jovem, ainda buscando a sua identidade, recém saido da adolescência e já percorrendo o mundo adulto, cheio de sonhos de felicidade.
Era idealista e questionava o lugar em que vivia. Porque tantas guerras, tanta injustiça, tanta impunidade?
Porque o mundo não poderia ser de paz, amor e igualdade?
Assim com estes pensamentos sem respostas, numa linda tarde de maio, o rouxinol chegou no galho da roseira e ficou olhando um botão cor de rosa, que há dias não se abria.
Ficou bem pertinho dele, com olhos de muito amor e seu coração de rouxinol perguntou:
- Lindo botão, porque permaneces fechado e não abres as tuas pétalas?
Para espanto do rouxinol, ele ouviu uma fina vóz dizendo:
- Meu amiguinho, escuto todos os teus pensamentos, quando chegas aqui com a nobreza do teu coração e vejo que andas preocupado com o mundo em que vivemos...sou do mundo das flores e tu és do mundo dos passarinhos, mas o mundo é um só e nele também vivem os humanos.
Somos todos reféns deste mundo e o unico jeito de lidarmos com ele, se faz através do amor compartilhado.
Se eu receber de você um canto amoroso, abrirei minhas pétalas e teus olhos irão se encantar com a minha beleza, e ambos partilharemos de momentos de felicidade.
A tua presença me é necessária, assim como eu posso ser o teu espelho, e nele te encontrarás a ti próprio..então cante pra mim...
O rouxinol empolou o peito e de seu coração sairam os mais lindos gorjeios. A rosa foi abrindo as suas pétalas vagarosamente, ao som daquele melodia enternecedora.
E naquele momento a paz se fez no mundo, porque um rouxinol e uma rosa, através de um terno diálogo, se doaram mutuamente, e a natureza agradecida ganhou matizes mais encantadores, naquela tarde inesquecível.
Santos/SP/Brasil
17/06/08
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