Fim da Guerra
Acordei supostamente incólume.
Ou talvez as lesões não eram visíveis,
Mas isso já não importava mais.
Levantei bruscamente do chão frio,
Olhando ao redor, fitando o vazio.
Estranha sensação sombria.
Apesar do vazio, não me sentia sozinho.
Alguns minutos se passaram...
Sem me mover...
A dormência do corpo sumiu,
Dando lugar a uma forte dor.
Incrivelmente forte!
Dor essa que partia do coração,
Inundando o resto do corpo são,
Mas o cérebro era o mais afetado.
Talvez isso fosse um motivo
Estava ficando louco!
Mas pensando bem...
Talvez esse seja o resultado
De se brigar consigo mesmo
É!
Recordei-me.
Tempo suficiente para encher de torpor,
Medo,
Terror,
Vislumbre,
Não dá pra evitar
Até uma sensação de prazer.
Lutar agora não dá mais.
Que crueldade é essa!
Ficar esperando o fim.
...
O coração parou.
Mas porque estou aqui ainda?
Ah, o cérebro!
Maldito cérebro.
Sobreviveu alguns minutos ainda,
Fazendo ver cada segundo...
Lentos segundos.
Quando se ganha uma batalha consigo mesmo
Você é um vencedor,
Mas também é o Perdedor.
E o fim da guerra é...