Fim da Guerra

Acordei supostamente incólume.

Ou talvez as lesões não eram visíveis,

Mas isso já não importava mais.

Levantei bruscamente do chão frio,

Olhando ao redor, fitando o vazio.

Estranha sensação sombria.

Apesar do vazio, não me sentia sozinho.

Alguns minutos se passaram...

Sem me mover...

A dormência do corpo sumiu,

Dando lugar a uma forte dor.

Incrivelmente forte!

Dor essa que partia do coração,

Inundando o resto do corpo são,

Mas o cérebro era o mais afetado.

Talvez isso fosse um motivo

Estava ficando louco!

Mas pensando bem...

Talvez esse seja o resultado

De se brigar consigo mesmo

É!

Recordei-me.

Tempo suficiente para encher de torpor,

Medo,

Terror,

Vislumbre,

Não dá pra evitar

Até uma sensação de prazer.

Lutar agora não dá mais.

Que crueldade é essa!

Ficar esperando o fim.

...

O coração parou.

Mas porque estou aqui ainda?

Ah, o cérebro!

Maldito cérebro.

Sobreviveu alguns minutos ainda,

Fazendo ver cada segundo...

Lentos segundos.

Quando se ganha uma batalha consigo mesmo

Você é um vencedor,

Mas também é o Perdedor.

E o fim da guerra é...

LudMuniz
Enviado por LudMuniz em 12/01/2010
Reeditado em 27/11/2012
Código do texto: T2026073
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