Tempo de Inocência
Ela era assim...Tinha um brilho nos olhos e a pureza num sorriso infantil.
A credulidade de uma criança, que da vida só enxerga o belo.
Seus pés eram asas e ela flutuava sobre a vida com a inocência de quem crê.
Pura como uma flor em botão, que ainda não reconhece seus próprios espinhos.
E assim ela foi seguindo. Sempre sorrindo.
O coração feliz.
Nada parecia lhe faltar. De nada carecia.
Sua vida era suave como um rio manso que flui livremente pelas margens e que uma vez não represado, desconhece o furor que pode provocar a contenção dessas águas quando aberto o dique.
E assim ela foi crescendo, em inteira liberdade.
Sentiu-se grande e para ela não havia limites. O mundo estava a seu favor.
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Você sente que esse texto parou no meio, sem uma conclusão?
Talvez eu tenha querido lhe provocar essa reação. Talvez não.
Esse texto poderia ter um fim ?
Ele relata um sonho que eu tive adormecida ou um sonhar acordada (utópico desejo da criança que em mim habita)?
Cabe à você, leitor, interpretá-lo da forma que mais lhe agrade ou que lhe sopre a lógica, ou quem sabe que lhe faça sentir o coração.
Ianê Mello