"OLHA QUE EU SOU AMIGO DO MEU CÃO" Conto de: Flávio Cavalcante

OLHA QUE EU SOU AMIGO DO MEU CÃO

Conto de:

Flávio Cavalcante

Assim o meu amigo Erick Tenório falava. Que era realmente o único amigo que o REX tinha era ele. Rex é um cachorro Pastor Alemão. Eu achava muito engraçado quando ele falava essas coisas. Eu sempre ouvi falar que o cachorro é amigo fiel do homem, mas o homem se amigo fiel e ainda por cima único do cão e de se estranhar. Todavia, um cachorro que preza a sua raça, mesmo que ele seja um vira-lata sempre é bom ter um dono amigo do lado. Sendo assim, com certeza vai ser sombra e água fresca.

O Rex tinha uma vida de rei dentro de casa. O cachorro chamava a atenção pela sua inteligência. Erick como dizia ser amigo do dito e sabia que era um tipo de animal que aprendia as coisas de forma fácil, ele começou a ensinar o cachorro a pegar a bola quando ele jogava. Todos achavam gracinhas. A sentar, a levantar, ir chamar a mulher dele. Interessante que o cachorro ia e quando chegava na cozinha via a dona Eliane preparando a comida, ele abocanhava a saia da mulher do Erck e saía puxando até a sala fazendo jus ao que seu dono amigo havia imposto. E assim era a vida do meu amigo aos fins de semana. Uma verdadeira diversão com o espetáculo do cachorro.

Outra coisa que chamava não só a minha atenção, mas também como de todos que chegavam lá para uma cervejinha á beira da piscina era ver o gato angorá que a família tinha com muito orgulho pela sua pelagem e seus olhos que era de encantar qualquer um. Além de o bichano dormir entre ás pernas do Rex, quando não tinha nada pra fazer resolvia catar as pulgas escassas no couro do cão; pois o Erick tinha o maior cuidado e higiene com o bicho.

Como nem tudo é perfeito. Rex tinha uma mania que o seu dono nunca conseguiu tirar. Na casa do Erick todas as tomadas de luz elétricas ficam próximas ao chão e na sala tinha uma delas que estava desativada. Rex, sem razão nenhuma e inteligentemente ia lá na tomadinha desativada, levantava a perninha e dava aquela mijadinha. O Erick com muita raivinha pegava uma varinha e surrava o Rex na bundinha.

Acreditem se quiser. O cachorro sabia que a tomada não estava funcionando. E fazia naquele mesmo lugar. Bastava ter vontade novamente e o Rex parecia esquecer da surra. Ia no mesmo lugar, levantava a perna e fazia a necessidade dele, mas na segunda vez, já era olhando pro Erick como se tivesse fazendo de Pirraça. O Erick sofria com isto. Morria de vergonha quando o cachorro fazia isto e tinha visita em casa.

Um belo dia. O Erick nos convida para um churrasquinho num dia de domingo; coisa que este tipo de farra,fazíamos constante lá nos fins de semanas. Erick ativa a tomada da sala e o Rex não sabia. Levantou a perninha e deu aquela gostosa mijadinha.

Só ouvimos o grito escandaloso do Rex. Corremos até a sala e lá estava o cão estatelado e desmaiado. Erick deu muita massagem no peito do cachorro que retornou a vida. E posso assegurar FOI UM SANTO REMÉDIO. Nunca mais o cachorro quis saber de mijar em pé de parede.

FIM

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 09/12/2009
Código do texto: T1968173
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