O Bailarino
Bailando vem,
Suave e sereno em minha direção.
Leve qual pluma
À mim estende a mão.
A dançar convida-me
Uma bela canção.
Seus olhos escuros, sua pele branca,
Cabelos dourados, despenteados ao vento.
Sua pele é fria, seu corpo é gelado.
E não por contento
Num movimento alucinante,
Ele alterou o tempo.
Cá estou eu, então
Nas ruas da velha cidade.
Vestida a carater
Dessa estranha mocidade,
Pedindo auxílio
Por caridade.
''Nobre senhor, por gentileza
Não sei como dizer,
Não sou da realeza.
Preciso de ajuda
Por favor, me esclareça.
Não sei como sair
Da velha cidade gigantesca.''
''Perdoe-me nobre senhorita
Mas a informação não sei lhe dar,
Mas posso mostrar
A quem procurar.
Vá até o antigo abrigo
E lá vais encontrar.''
De longe,
O abrigo vejo
Voltar para casa é o que mais quero,
É meu único desejo
Mas não sei como.
É isso que eu mais anseio.
Sentado lá longe
O homem não é estranho.
Em sua direção
Vou caminhando
E a resposta
Ele vai falando.
''Conheces a mim,
Nobre alma!
Eu sou o Tempo
Que tudo acalma.
Estás segura,
Estás salva.''
''És tu...o bailarino!
Que se pôs comigo a dançar.
Mande-me para casa
Aqui não quero ficar,
Tens que me mandar de volta
Eu quero voltar.''
''Teu pedido será atendido
A ti, foi dado conhecimento.
Pois já provou da minha cidade
Sentiu seu envolvimento,
Estou satisfeito
Me dou por contento.''