O Bailarino

Bailando vem,

Suave e sereno em minha direção.

Leve qual pluma

À mim estende a mão.

A dançar convida-me

Uma bela canção.

Seus olhos escuros, sua pele branca,

Cabelos dourados, despenteados ao vento.

Sua pele é fria, seu corpo é gelado.

E não por contento

Num movimento alucinante,

Ele alterou o tempo.

Cá estou eu, então

Nas ruas da velha cidade.

Vestida a carater

Dessa estranha mocidade,

Pedindo auxílio

Por caridade.

''Nobre senhor, por gentileza

Não sei como dizer,

Não sou da realeza.

Preciso de ajuda

Por favor, me esclareça.

Não sei como sair

Da velha cidade gigantesca.''

''Perdoe-me nobre senhorita

Mas a informação não sei lhe dar,

Mas posso mostrar

A quem procurar.

Vá até o antigo abrigo

E lá vais encontrar.''

De longe,

O abrigo vejo

Voltar para casa é o que mais quero,

É meu único desejo

Mas não sei como.

É isso que eu mais anseio.

Sentado lá longe

O homem não é estranho.

Em sua direção

Vou caminhando

E a resposta

Ele vai falando.

''Conheces a mim,

Nobre alma!

Eu sou o Tempo

Que tudo acalma.

Estás segura,

Estás salva.''

''És tu...o bailarino!

Que se pôs comigo a dançar.

Mande-me para casa

Aqui não quero ficar,

Tens que me mandar de volta

Eu quero voltar.''

''Teu pedido será atendido

A ti, foi dado conhecimento.

Pois já provou da minha cidade

Sentiu seu envolvimento,

Estou satisfeito

Me dou por contento.''

Lady Charisthy
Enviado por Lady Charisthy em 30/11/2009
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