ELA E OS MISTÉRIOS DA MEIA NOITE

É uma questão muito complicada. Todas as noites Ela para diante do Pêndulo e não entende... Mas essa noite ela vai descobrir. Fez suas orações diárias, correu pela praça e as 07:15 estava a tomar um demorado e delicioso banho de rosas com perfume doce. Escolheu a melhor roupa e foi trabalhar.

...

21:40 Ela chega em casa, exausta e disposta a desvendar aquele mistério. Pronto, mesa posta, ela despenteia os cabelos e espera.

23: 15, a companhia toca um moço bem aparentado, pele morena da cor do pecado, trás um bom vinho e um ramalhete de Rosas Vermelhas nas mãos.

Parado no tapete verde da porta, sapatos ilustrados, gravata azul, cabelos arrumados, barba feita...

Ele fita toda a extensão do corpo dela que estremece... Ela abre a porta de vidro devagar,Ele entra, coloca os apetrechos na mesa, vira vagarosamente e a beija com volúpia e desejo. Chamas saem dos corpos que insandecidos de vontade despem-se rapidamente e realizam loucuras a Luz da Lua.

Ele, todo desajeitado, leva a boca aos ouvidos dela, balbucia algumas palavras... E o Pêndulo toca insistentemente, ás 00h00 min .

Descabelada ela acorda, apertada para ir ao banheiro, beberá muito liquido na noite anterior. Levanta, percorre a casa, percebe que novamente aconteceu...

Mais uma vez.

Para na frente do Pêndulo e tenta entender as 12 badaladas intensas...

Tudo não passava de um sonho... Era meio dia, e ela deveria trabalhar!

...

No caminho do trabalho ela para no sinal, lia o rádio, aperta o volante do carro com força e diz:

- Será que os sonhos são reais?

:::::Continuação: ELA E AS RAÍZES.

Fabiana Lorena
Enviado por Fabiana Lorena em 21/11/2009
Reeditado em 22/07/2012
Código do texto: T1935366
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