O Esportista
Durante toda a vida foi atleta amador. Praticou futebol quase bêbe, com o decorrer da idade, fora descobrindo e praticando outros esportes natação, corridas, caminhadas, alpinismo, bicicletas e outros mais.
Durante certo tempo freqüentou academias, aonde aprendeu judô e danças de salão.
Todos que o conheciam admiravam seu desempenho e aparência. Sua saúde era outro fator de destaque não recordava a última vez que adoecera, a não ser um ou outro resfriado.
Talvez por isso não tenha percebido os anos passando e a idade chegando. Aos poucos notou que cada vez mais o chamavam de senhor, aceitava como sendo por educação mas, era sua aparência que com o passar dos anos mudava.
Rugas foram aparecendo, uma aqui outra acolá, seus cabelos cada dia um novo fio branco e prateado surgia, fisicamente parecia nada mudar.
Domingo ultimo dia do mês, como sempre seu time se reunia. Tudo ia bem, marcou um gol. Segundo tempo, corre pela lateral atrás da bola, de repente sente uma dor grande no peito, uma dificuldade de respirar, desmaiou.
Quando acordou, estava num quarto de hospital, cheio de tubos. Demorou a entender.
Quando seu estado melhorou, os médicos reuniram-se com ele, explicaram o ocorrido. Tivera um enfarte grave quase fatal, se não houvesse rapidamente sido socorrido e a distância do Hospital curta, poderia não ter sobrevivido.
Nunca mais poderia jogar novamente ou praticar esportes que trouxessem algum tipo de esforço muito grande.
Aprendera da maneira mais dura que o corpo envelhece, assim como tudo na natureza. Abusara de sua capacidade, ultrapassara os limites de seu corpo levou-o ao extremo e pagou caro.
Teria como se criança fosse, que aprender a andar com a ajuda de aparelhos. Comer, vestir, tomar banho, ir ao banheiro dependeria da ajuda de outros.
Orgulho e vaidade agora eram palavras sem sentido.
Aprenderia a buscar um novo sentido na vida. Durante toda ela só cuidou do corpo. Teria agora que cuidar de seu espírito com a mesma dedicação.
Feliz daquele que Deus permite que chegue à velhice terá muitas estórias para contar. Porque então não escrevê-las