A Lua em Vênus.
A experiência era totalmente sensual, o cheiro suave do sabonete misturado a um suor fino e delicado, impregnado de hormônios dilatava as narinas tornando o ar saturado de partículas selvagens.
Ela fechou as cortinas e apoiou as costas no travesseiro, era esta a posição que ela preferia, acostumou-se a agradá-la. Pegou no criado mudo o controle remoto e acionou o som, uma seleção de um quarteto de cordas austríaco preencheu o ambiente, era uma senha: ela saiu da inércia e sacudiu a cabeça em direção ao seu colo.
Esfregava o rosto naqueles seios numa tensão contida enquanto suas mãos reconheciam sua soberania naquele domínio. A respiração dela começava a registrar o aumento da impaciência que o tecido entre os dois corpos suscitava.
O perfume floral trazia alguma coisa especial, o contato físico vinha com o reconhecimento de uma natureza comum, aquele corpo significava seu alimento, e este contato tão intimo desvendado num rito ancestral davam às duas fêmeas a transcendência de deusas.
A mão delicada e pequena encontrou o caminho que levava aos seios, as unhas afiadas da mão agitada riscavam a pele numa fome sem paciência. Então ela abriu o fecho do soutien e permitiu que ela tocasse os seus seios.
Inicialmente, a mão nervosa buscava os mamilos, que reagiram naturalmente a aquela abordagem desejada, dilataram-se ao toque, mesmo quando a unha impaciente a arranhou. Ainda esfregando o rosto, como os felinos, foi buscando o mamilo, sem o frenesi inicial, mas de forma reverente, como um ritual de comunhão.
A língua suave e fina fez o primeiro contato, causando uma torrente de arrepios, uma umidade na boca que deu lugar a sede; enquanto sua boca envolvia o mamilo com sugadas firmes e delicadas a outra mão passeava pelo seio e seus olhares inocentes cruzaram trocando mensagens indecifráveis.
Agora o ritmo da sucção aumentava, na pélvis um formigamento dava conta da intimidade daquele contato; naquele momento, o encanto de um olhar delicado e maroto elas sorriram numa expressão única, então ela sussurrou:
- Minha menina gulosa.
Lentamente ela foi controlando a tensão e logo estava com a boca no outro seio enquanto a mão brincava com a correntinha que trazia no pescoço, a tensão ia se desfazendo e o contato era mais suave, sem jamais perder a firmeza.
Ao fim de alguns minutos ela abandonou o seio e se recostou no seu braço, era neste momento que ela a acomodava no travesseiro enquanto recompunha o soutien, os olhos brilhantes seguiam vigiando enquanto os braços estendidos ansiavam por outro contato.
Então ela depositou um beijo em sua face e posicionou-a para o arroto.