Unidos novamente

Unidos novamente

Outrora o corpo quis achar uma solução, desprender suas mãos pra tudo acabar. Atreve-se a olhar o firmamento e no mesmo alento ousa se jogar.

Todo dia alheado aos pensamentos, via-se em angustias, tentava ouvir o vento pra se encontrar. Grita aos berros, diz que chega ao sofrimento, grita repetidamente que quer se matar.

Até sua alma se encobriu num canto sombrio, pois já não suportava mais.

- Pois me diga se a alma também chora?

- Me diga se a mesma também sangra?

A mesma pôs-se a lamentar.

O que é do corpo se não houver a alma e de nosso sono se não houver sonhos bons? O que nós somos quando às vezes nada somos, quando perdemos a vida e tudo o que almejamos?

De certo, que a solução pode estar em nossa mente, mas em meio aos devaneios, perde-se o que sente. O medo sobrevirá, interrogativas nos farão cativos e de alguma forma iremos aceitar. Aceitar quem somos, apesar de tudo, apesar do peso do mundo, do parecer que os homens podem dar. O que podemos fazer é instar a nós mesmos, se queremos ser escravos das palavras trazidas pelo ar.

Então, corpo e alma unam-se novamente, dissocia-te do medo, faz dele o prisioneiro. Ergue-te dessas cinzas, sai da escuridão, revela-te pra o mundo e faça de teus dias uma eterna canção.

Victor lleoni.

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 22/09/2009
Reeditado em 14/10/2009
Código do texto: T1824168
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